Vertical distribution of Paracalanus crassirostris (Copepoda, Calanoidea): analysis by the general linear model

Autores

  • Ana Milstein Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0373-55241979000200008

Resumo

A distribuição vertical dos diferentes estádios de desenvolvimento de P. crassirostris foi estudada durante um ano (junho 1976 - maio 1977), numa estação pouco profunda (5 m) em Ubatuba. As amostras foram coletadas mensalmente, em tres profundidades, cada quatro horas, com garrafa van Dorn de 9 l registrando-se dados ambientais. Os dados foram processados com a técnica dos Mínimos Quadrados, na forma de uma Aralise de Regressão de um Modelo Linear que inclui covariáveis. O modelo foi construído a priori, considerando densidade de organismos por amostra, fatores ambientais, diferenças entre amostras procedentes de diferentes profundidades e horas, também como interações entre hora e profundidade. Para cada estádio de P. crassirostris, o modelo foi repetido 9 vezes, com os dados de dois meses cada vez, a fim de obter a variação das respostas no ano. Os resultados do modelo indicaram que a quantidade de indivíduos desta especie de qualquer estádio é diferentemente afetada durante o ano pela hora, profundidade, interação hora-profundidade, e fatores ambientais. Esses efeitos seriam mais marcados no verão. A maior ou menor ocorrência de organismos numa dada hora parece depender mais da dinamica do sistema de correntes (mares) que do comportamento dos animais. Todos os estádios apresentaram-se distribuídos na coluna de agua e não mostraram migrações verticais marcadas como parte do seu comportamento normal. Os fatores ambientais em conjunto mostraram-se importantes na distribuição deste organismo, especialmente no verão. Bjornberg & Wilbur (1968) e Sameoto (1975) relacionaram o comportamento migrador pouco marcado ou ausente com o nível trofico que os planctontes costeiros ocupam. Os primeiros autores assinalaram a presença de partículas finas em todas as profundidades em aguas rasas, e a migraçao pouco definida de copepodos filtradores provenientes desse tipo de ãgua; o segundo autor distinguiu, em aguas pouco p?ofundas também, uma comunidade formada por predadores e uma comunidade de presas formada por copepodos nao migradores. Os resultados do presente trabalho apoiam essas idéias, mostrando a falta de migraçao em todos os estádios de um copêpodo que e, durante toda a sua vida, filtrador de partículas finas.

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Publicado

1979-01-01

Edição

Seção

Artigos