Estudos sobre estrutura, ciclo de vida e comportamento de Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1879), na área entre 22ºs e 28ºs, Brasil: 1. Morfologia dos otólitos
Autores
Carmen Lúcia Del Bianco Rossi-Wongtschowski
Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
Anna Emília A. de M Vazzoler
Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
Francisco Manoel de Souza Braga
UNESP; Instituto de Biociências
O presente trabalho apresenta os resultados obtidos na análise de 4.751 pares de otólitos de Sardinella brasiliensis coletada na área entre 22ºS (RJ) e 28ºS (SC), com a finalidade de serem utilizadas, estas estruturas, na leitura do número de anéis, e como fonte de subsídios adicionais à caracterizaçao de populações. A estrutura dos otólitos é descrita e as principais dificuldades na interpretação dos anéis são discutidas, mostrando-se que ocorrem anéis não periódicos (TR e TPN), relacionados a eventos ocorridos durante as fases larval e pré-juvenil, e anéis de crescimento bem definidos, que se constituem em indicadores da idade individual. Características morfológicas e morfométricas, principalmente comprimentos no rostro e no anti-rostro e peso dos otólitos em relação ao comprimento total do peixe, corroboram indicações anteriores de que a espécie não homogênea em sua área de ocorrência, auxiliando na identificação de grupos distintos. As distribuições espacial e temporal de otólitos de S. brasiliensis, apresentando características diversas, sugerem haver migrações e mistura de indivíduos dos diferentes grupos.