Evolução temporal e espacial da desembocadura lagunar de Cananéia (SP)

Autores

  • Moysés G. Tesseler Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
  • Kenitiro Suguio Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
  • Michel M. de Mahiques Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
  • Valdenir V. Furtado Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87591990000100004

Palavras-chave:

Erosão das costas, Barra de Cananéia, SP, Período Quaternário

Resumo

O processo evolutivo da desembocadura lagunar de Cananéia, principal canal de interligação entre o oceano e a região lagunar de Cananéia-Iguape (SP), vem sendo acompanhado mais detalhadamente desde a década de 50. Superpondo-se os contornos de linha de costa, realizados a partir de fotos aéreas obtidas entre os anos de 1952 e 1981, pode-se constatar mudanças significativas nas proximidades desta desembocadura lagunar. Entre as mais importantes tem-se o recuo da face norte e o avanço da parte leste, na porção arenosa voltada para o oceano da Ilha do Cardoso, além de erosão da margem da desembocadura lagunar localizada na porção sul da Ilha Comprida. A evolução geomorfológica do litoral sul paulista está intimamente relacionada aos mecanismos hidrodinámicos atuantes junto à costa e a circulação atmosférica nesta parte do continente sul-americano. A interação desses fenômenos é fundamental na intensa mobilidade dos sedimentos arenosos que obstruem e/ou causam o deslocamento dos canais de acesso à região lagunar, bem como nos processos erosivos e deposicionais que afetam as faces oceânicas das ilhas do Cardoso e de Cananéia.

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Publicado

1990-06-01

Edição

Seção

Artigos