Life history observations on a few interstitial Opisthobranch gastropods from the Gulf of Marseilles, Bouches du Rhône, France

Autores

  • Claude Poizat Laboratoire de Biologie Marine. Faculté des Sciences & Techniques de Saint-Jérôme

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2526-3358.bolzoo.1986.122345

Palavras-chave:

Reprodução, Opistobrânquios

Resumo

Foi estudada a vida reprodutiva das 5 espécies dominantes de opistobrânquios mediterrâneos intersticiais do Golfo de Marselha, Bouches-du-Rhône, França. Duas espécies hermafroditas Philine catena e Embletonia pulchra, provaram ser anuais, sendo a duração de vida da última ligeiramente maior que um ano no aquário. Essas duas espécies mostram, em biótopos de alta e média exposições, um único período de recrutamento no verão ou/e no outono, implicando em acasalmento no outono precedente, ovipostura no outono-inverno, eclosão das larvas e estabelecimento dos estádios meiobênticos jovens na areia, durante a estação quente, na primavera-verão. 0 Acochlidacea hermafrodito, Hedylopsis spiculifera, o qual pode sobreviver mais de um ano no aquário, é provavelmente também uma espécie anual, que passa por uma geração por ano. Contudo, uma fase flutuante de 4/5 meses, é registrada entre populações de biótopos de alta e média exposições: nos de média exposição há um recrutamento discreto na primavera enquanto que nos de alta exposição há um recrutamento mais importante no outono. Em biótopos de exposição intermediária há um prolongado período de recrutamento, do fim da primavera ao fim do outono e adultos podem ser observados no inverno e no verão. Os dois Acochlidiacea de sexos separados, Pontohedyle milaschewitschii e Unela glandulifera, mostraram ser espécies sub-anuais, cuja duração de vida é suposta ser não maior do que 6 a 7 meses; de fato, sua manutenção no aquário não ultrapassou algumas semanas. Essas duas espécies podem passar por 2 gerações por ano, desde que elas estejam no seu ambiente ótimo e se 2 estações de aquecimento (ou uma prolongada) forem registradas durante um ano, geralmente primavera e outono no Mediterrâneo. Uma primeira estação de ovipostura é presumida no inverno, eclosão e estabelecimento dos estádios jovens na areia, durante a primavera; esses jovens correspondem, onde e quando sobrevivem, à primeira geração descendente dos estádios adultos, alguns com espermatóforos, do outono precedente, morrendo no inverno após a ovipostura. Uma segunda estação de ovipostura, no verão ou/e outono, eclosão e estabelecimento no outono, corresponde à segunda geração; a última, bem sucedida na maioria dos cascalhos e areias, descende dos estádios adultos da primavera precedente, mortos no outono após a ovipostura. Uma certa fase flutuante é registrada entre populações de biótopos de exposição alta e média e em exposição intermediária parece haver reprodução quase o ano todo, exceto no inverno ou primavera. Os espermatóforos observados em P. milaschewitschii (até 3 por indivíduo) e U. glandulifera (1 ou 2 por indivíduo) são relevantes nos períodos de acasalmento na primavera e no outono.

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Publicado

1986-10-26

Edição

Seção

Artigos