Jajepota ka’aguy rokýre: Encantar-se com os brotos da floresta
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v32i2pe215752Palavras-chave:
guarani mbya, Nhe’ẽry, interações vegetais, pacto etnográfico, antropologia implicada, Mata AtlânticaResumo
Este artigo nasceu de uma série de intercâmbio de ideias e reflexões entre um pensador indígena do povo Guarani Mbya e uma antropóloga não indígena sobre plantas, Mata Atlântica, língua e povo Guarani. Adotamos uma estratégia narrativa em diversos registros-vozes, que traz como protagonista o pensamento de Carlos Papá, que além de compartilhar as narrativas guarani, traz a originalidade e a relevância de seus próprios relatos e análises sobre a cosmologia de seu povo. Através das imagens e estéticas vegetais deste pensamento guarani, temos a intenção de sugerir uma experiência de encantamento com os “brotos” para compreender a crítica mbya à noção ocidental de floresta e Mata Atlântica. Através do nosso “pacto etnográfico”, trazemos uma proposta cosmopolítica para construirmos pontes entre universos culturais diferentes, levando a sério o pensamento indígena, que nos exige aprender a dançar e se infiltrar no mundo de uma forma mais respeitosa, adquirindo consciência para germinar outros modos de existir.
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