Acontecimentos jardim e as parcerias artísticas e antropológicas com as plantas: Teresa Siewerdt em conversação com Joaquim Almeida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v32i2pe215769Palavras-chave:
Arte Contemporânea, Jardins, PlantasResumo
Este texto é um experimento de escrita intermediado por plantas. Seu objetivo é explorar as possibilidades de encontro entre dois mundos disciplinares que, mesmo interessados por uma série de temas e assuntos comuns, continuam bastante separados: o mundo da arte contemporânea e o mundo da antropologia. O texto, que assume a forma de uma conversação, é guiado pela apresentação de quatro trabalhos artísticos desenvolvidos por Teresa Siewerdt entre os anos de 2013 e 2019 e por uma espécie de argumento radicular que procura indisciplinar a visão recorrente de jardim e chamar atenção para as relações estabelecidas por plantas e para o que elas podem nos ensinar.
Downloads
Referências
BISHOP, Claire. 2012. Artificial hells: Participatory art and the politics of spectatorship. Londres e Nova Yorque: Verso books.
BOURRIAUD, Nicolas. 2001. Esthétique relationelle. Paris: Les presses du réel.
CABRAL DE OLIVEIRA, Joana. 2012. Entre plantas e palavras. Modos de constituição de saberes entre os Wajãpi (AP). Tese (Doutorado em Antropologia Social). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo.
COCCIA, Emanuele. 2018. A vida das plantas: uma metafísica da mistura. Tradução de Fernando Scheib. Florianópolis: Cultura e Barbárie.
DAVIS, Angela. 2016. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo Editorial.
DAVIS, Angela. 2017. Mulheres, cultura e política. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo Editorial.
ENGEL, Cíntia; PEREIRA, Bruna. 2015. “A organização social do trabalho doméstico e de cuidado: considerações sobre gênero e raça”. Revista Punto Género, v. 5, n. 1, p. 4-24.
FLYNN, Alex. 2016. “Subjectivity and the obliteration of meaning: Contemporary art, activism, social movement politics”. Cadernos de Arte e Antropologia, 5, no. 1: 59-77. DOI: https://doi.org/10.4000/cadernosaa.1035.
GAGLIANO, Monica; GRIMONPREZ, Mavra. 2015. “Breaking the silence: language and the making of meaning in plants”. Ecopsychology, v. 7, n. 3, p. 145-152.
HOOKS, Bell. 2020. Teoria feminista. Tradução de Rainer Patriota. São Paulo: Editora Perspectiva.
IRIGARAY, Luce; MARDER, Michael. 2016. Through vegetal being: Two Philosophical Perspectives. Nova Iorque: Columbia University Press.
MARDER, Michael. 2013. Plant-thinking: a philosophy of vegetal life. Nova Iorque: Columbia University Press.
MAIZZA, Fabiana. 2014. "Sobre as crianças-planta: o cuidar e o seduzir no parentesco Jarawara". Mana, v. 20, n. 3, p. 491-518.
MANCUSO, Stefano. 2019. Revolução das plantas: um novo modelo para o futuro. Tradução de Regina Silva. São Paulo: Ubu Editora.
MILLER, Theresa. 2019. Plant kin: A multispecies ethnography in indigenous Brazil. Austin: University of Texas Press.
PUIG DE LA BELLACASA, Maria. 2019. “Re-animating soils: Transforming human–soil affections through science, culture and community”. The Sociological Review, v. 67, n. 2, p. 391-407.
RAGUSO, Robert. 2004. “Flowers as sensory billboards: Progress towards an integrated understanding of floral advertisement”. Current Opinion in Plant Biology, v.7, n. 1- p. 434-440.
SANSI, Roger. 2015. Art, anthropology and the gift. London: Bloomsbury.
SANSI, Roger; STRATHERN, Marilyn. 2016. “Art and anthropology after relations”. HAU: Journal of Ethnographic Theory, v. 6, n. 2, p. 425-439.
SHIRATORI, Karen. 2019. “O olhar envenenado: a perspectiva das plantas e o xamanismo vegetal jamamadi (médio Purus, AM)”. Mana, v. 25, n. 1, p. 159-188.
STENGERS, Isabelle. 2015. No tempo das catástrofes: resistir à barbárie que se aproxima. Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro São Paulo: Cosac Naify.
STENGERS, Isabelle. 2017. “Reativar o animismo”. Caderno de leituras, 62: 1-15.
STRATHERN, Marilyn. 2021. “Regeneração vegetativa: um ensaio sobre relações de gênero”. Mana, v. 27, n. 1, p. 1-31.
TSING, Anna. 2022. O cogumelo no fim do mundo: sobre a possibilidade de vida nas ruínas capitalistas. Tradução de Jorge Menna Barreto e Yudi Rafael. São Paulo: n-1 edições.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Cadernos de Campo (São Paulo - 1991)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha, Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do trabalho enviado.
Como Citar
Dados de financiamento
-
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
Números do Financiamento 2020/07886-8;2022/01265-7 -
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Números do Financiamento 140125/2021-3