A exceção colonial brasileira: o campo biopolítico e a senzala
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i28p19-35Palavras-chave:
biopolítica, exceção, escravidão brasileiraResumo
São dois os pilares que orientam a reflexão do filósofo italiano Giorgio Agamben no princípio do século vinte e um, com a publicação de Stato di eccezione e sua ancoragem no projeto Homo sacer: primeiro, o estado de exceção se tornou uma técnica de governo comum no nosso tempo político, pelo menos a partir do seu uso laboratorial nos eventos totalitários do início do século vinte; segundo, a exceção é o elemento multitemporal originário da constituição jurídica e política. Como fruto maduro do dispositivo excepcional, podemos observar que a campanha biopolítica tem historicamente criado espaços prediletos de recrutamento da vida humana aos quais podemos denominar de campos, esses espaços onde tudo se torna novamente possível. No artigo que se apresenta, proponho investigar a hipótese de que a senzala do período colonial brasileiro possa ser considerada um ancestral do campo biopolítico. Tão absurdo quanto supor que o campo biopolítico surge apenas no nosso século, é supor que a escravidão não mereça mais qualquer análise, que ela não possa ser novamente investigada, inclusive por um viés filosófico, ou que essa investigação seja de pouca monta.Downloads
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Publicado
2016-06-08
Edição
Seção
Artigos
Licença
Copyright (c) 2016 Daniel Arruda Nascimento
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Como Citar
Nascimento, D. A. (2016). A exceção colonial brasileira: o campo biopolítico e a senzala. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(28), 19-35. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i28p19-35