A lepra no Brasil: representações e práticas de poder

Autores

  • Débora Michels Mattos Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas
  • Sandro Kobol Fornazari Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i06p45-58

Palavras-chave:

lepra, representações, segregação, práticas de poder, violência

Resumo

Ao longo da história, lepra e leproso foram objetos de representações de caráter depreciativo que permitiram a utilização de um modelo de tratamento para a doença fundamentado na exclusão do enfermo e no seu confinamento compulsório em instituições asilares. O artigo procura discutir a relação entre representações abstratas e práticas de poder a partir das medidas adotadas no combate à lepra no Brasil do século XX.

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Biografia do Autor

  • Débora Michels Mattos, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas

    Mestre em História Social. 

  • Sandro Kobol Fornazari, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Filosofia.

    Doutorando em Filosofia. 

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Publicado

2005-01-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Mattos, D. M., & Fornazari, S. K. (2005). A lepra no Brasil: representações e práticas de poder. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(06), 45-58. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i06p45-58