Interações, espaços e ambientes utilizados por entendidas belorizontinas: um caminho velado
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v39i2p80-91Palavras-chave:
Cidade, Lésbicas, Envelhecimento, Invisibilidade, Redes de solidariedadeResumo
Este artigo aborda a invisibilidade da homossexualidade feminina a partir da análise da experiência de uma “Confraria” de Lésbicas mineiras nascidas na década de 1950. O objetivo é refletir sobre os usos que faziam dos espaços e sobre as interações possíveis à época. Se é a partir dos processos de interação social que o sentido e o significado nas relações emergem, a forma pela qual a cidade acolhe ou ignora e invisibiliza determinados sujeitos impacta suas vidas. O modo pelo qual elas se apropriaram dos espaços disponíveis na cidade de Belo Horizonte e a criação de outros espaços mais reservados foram fundamentais para a criação de longevos vínculos de amizade e convivência. Tais vínculos parecem ter colaborado para uma rede de apoio mais estruturada na velhice formada por relações de afeto, amizade e solidariedade.
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