A interseccionalidade como base do feminismo negro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v39i2p21-32Palavras-chave:
Feminismo negro, Gênero, Interseccionalidade, Opressão, RaçaResumo
A análise de processos de opressão de gênero começa a emergir nas reflexões filosóficas, seja pelo foco no funcionamento do sistema patriarcal ou pelo foco na intersecção do patriarcado com relações de dominação a partir de origens etnicorraciais. Em geral, tais reflexões buscam examinar os fundamentos dos sistemas opressivos e a reação das mulheres a tais sistemas. São localizadas diferentes formas e demandas dos movimentos feministas e os modos como estes procuram, por meio da discussão sobre gênero, fortalecer o papel social e político das mulheres. Neste contexto, o presente artigo visa examinar o lugar do feminismo negro no debate e suas bases de sustentação, tendo em vista as peculiaridades das necessidades das mulheres negras. Estas peculiaridades estão relacionadas à inseparabilidade estrutural entre patriarcado, sexismo, racismo e
suas articulações que implicam em múltiplas situações de opressão sofridas por este grupo de mulheres. Em outras palavras, busca-se analisar a centralidade do conceito de interseccionalidade para a compreensão da atuação do feminismo negro nas reflexões filosóficas acerca da condição da mulher negra na sociedade.
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