O racionalismo e o romantismo em John Stuart Mill

Autores

  • Isabel de Almeida Brand Universidade de São Paulo. Faculdade Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v43i2p84-93

Palavras-chave:

Autonomia, Liberdade, Racionalismo, Romantismo, John Stuart Mill

Resumo

A disputa entre os românticos e os racionalistas, que se formou no final do século das Luzes, se estendeu pelo decurso do século XIX. Essas duas correntes ideológicas, aparentemente opostas, desempenharam um papel significativo nas discussões sobre a importância moral, política e epistemológica do sentimento e da imaginação. Ao contrário das correntes dualistas, o filósofo inglês John Stuart Mill (1806-1873) defendeu que não há uma dicotomia entre os preceitos de ambas posições no que se refere ao desenvolvimento da autonomia dos seres humanos. Pretendemos nesse artigo mostrar como a filosofia de Stuart Mill recorre a fontes tanto do racionalismo quanto de fontes românticas para promover a autenticidade na agência humana e a abrangência da moral.

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Publicado

2024-12-20

Edição

Seção

Artigos

Dados de financiamento

Como Citar

Brand, I. de A. (2024). O racionalismo e o romantismo em John Stuart Mill. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 43(2), 84-93. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v43i2p84-93