Fronteiras interculturais na Iberoamérica: o exemplo dos povos indígenas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v32i2p46-59Palavras-chave:
Fronteiras culturais, Interculturalidade, Racismo e desigualdade, Adaptação e resistência ameríndia, Indígenas do BrasilResumo
Da chegada dos europeus à América aos tempos atuais, a identidade iberoamericana apresenta-se como o resultado de migrações multisseculares e sucessivas de homens, plantas e animais entre o Velho e o Novo Mundo, criando e destruindo fronteiras identitárias entre o “civilizado” e o “selvagem”. As fronteiras transmitem um aprendizado recíproco sobre confluências e oposições interétnicas, operado num campo extremo de desigualdade entre dominantes europeus e dominados ameríndios. Esse acontecimento, de dimensão planetária, é visto a partir das fronteiras culturais entre o universo mágico indígena e o ocidental, resultando num processo de aniquilamento, resiliência e adaptação da identidade pluriétnica e multidimensional iberoamericana, que toma, por referência central, os povos indígenas – históricos e atuais – da nação brasileira.
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