Uma geopolítica Rio Negrina: território, culturas e sociodiversidade indígenas no alto Rio Negro – Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v35i2p03-14Palavras-chave:
Política indígena, Amazonas, TerritórioResumo
Os povos tradicionais da Amazônia, especialmente os diferentes povos indígenas, mantêm uma relação peculiar com a natureza. A natureza é a grande casa, a “casa comum” na qual os indígenas extraem seu sustento e subsidiam suas necessidades. Esses povos, milenarmente usam dos recursos da natureza em prol de suas comunidades, porém respeitando seus limites e os tempos que o ambiente exige. Esse relacionamento envolve afetividade, estabelecendo assim uma relação sagrada, como parte das cosmogonias; o respeito à natureza é elemento constitutivo da sociabilidade. Isso porque os indígenas obtêm sua nutrição física e espiritual a partir do ambiente natural e, ao contrário do que se vê na sociedade não indígena, a extração é entendida como necessidade e tratada com respeito. Toda essa sociabilidade é permeada pelas ações das lideranças indígenas, que em suas bases mantêm uma geopolítica, uma forma de lidar com situações e ações que prejudicam ou auxiliam seus atos. O texto assim apresenta aspectos da lida cotidiana dos povos indígenas do Alto Rio Negro, região fronteiriça e mais longínqua no extremo norte do Brasil, apresentando quem são os povos dali e como atuam em suas redes.
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