HIERÔNIMOS, TOPÔNIMOS, ANTROPÔNIMOS E OUTROS NA AGRICULTURA PAULISTA

Autores

  • Francisco Alberto Pino Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v15i0p249-260

Palavras-chave:

Nomes de fazendas, Cultura do produtor rural, Imaginário

Resumo

Os nomes de unidades de produção agrícola no Estado de São Paulo são analisados usando dados de um censo agropecuário. O nome de tais unidades depende do fato de se tratar de um empreendimento empresarial ou familiar. No primeiro caso, os nomes tendem a ser objetivos, como topônimos ou a marca comercial, principalmente por razões mereadológicas. No segundo caso os no-mes tendem a expressar a ideologia, o modo de vida ou os sonhos do proprietá-rio. cm resumo, sua cultura. Os hierônimos, principalmente católicos, prevale-ceram sobre todos os outros (acima de 40%). Assim, o nome mais comum encontrado foi Santo Antônio (5% das unidades), seguido por São José. São João c Nossa Senhora Aparecida. O primeiro nome não católico foi o oitavo: Bela Vista. Nomes de família e prenomes, principalmente dc origem portuguesa, espanhola, japonesa c italiana, também são muito comuns c provavelmente foram dados por orgulhosos imigrantes que se tornaram proprietários. para indicar seu novo status. Como esperado. topónimos são usuais, indicando o lugar onde a unidade se localiza. Também existem nomes indígenas, no estilo country norte-americano, poéticos. engraçados. mitológicos e de origem literária. Ob-serva-se também a influéncia da televisão e do cinema. Conclui-se que fortes fatores culturais estão envolvidos na denominação dessas unidades e que isso poderia ser usado para compreender decisões c opiniões dos produtores rurais.

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Publicado

2004-01-01

Edição

Seção

Dossiê Amazônia

Como Citar

HIERÔNIMOS, TOPÔNIMOS, ANTROPÔNIMOS E OUTROS NA AGRICULTURA PAULISTA. (2004). Cadernos CERU, 15, 249-260. https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v15i0p249-260