DOAR: uma morte anunciada

Autores

  • Paulo Roberto Barbosa Lustrosa Banco do Brasil S/A; Área de Controladoria

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-92511997000300002

Resumo

Neste ensaio foram analisadas as causas que explicam a progressiva substituição da DOAR pela DFC no mundo. A contextualização mostrou que o Brasil, ao adotar efetivamente a DOAR no final da década de 70 cometeu um erro de avaliação, pois nessa época já estava em pleno andamento, sustentado em pesquisas científicas empíricas, um processo de extinção da DOAR no mundo. Contudo, demonstrou-se que a DOAR deve ser vista como um instrumento de análise gerencial e é bastante relevante para ajudar, juntamente com as demais demonstrações, a previsão do caixa futuro que a empresa é capaz de gerar. Fundamentalmente, é o que interessa aos que "gravitam" em torno de uma empresa de negócios (gestores, credores, investidores e outros usuários). O seu uso, como indicador de solvência e liquidez, é equivocado, pois é grande a probabilidade de não haver uma conversão total das variações do circulante em caixa. Neste sentido, a DOAR e a DFC se complementam, e têm a sua importância potencializada quando utilizadas conjuntamente. Por isso, no momento em que o Brasil discute a implantação da DFC em substituição à DOAR, é oportuno que se aprofunde estudos, ponderando sobretudo o equilíbrio custo x benefício, que rejeitem ou justifiquem a utilização conjunta dos dois relatórios.

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Publicado

1997-12-01

Edição

Seção

nd