"Este Dibuq também assombrava os Ashkenazim": solidariedade intercultural através das lentes da performance e da animação em "Ana Min Al-Yahud" de Almog Behar
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2023.213581Palavras-chave:
Animação, Dybbuk, Literatura judaica, História judaica, TraduçãoResumo
A tropo do dybbuk está amplamente presente na narrativa judaica moderna, e sua versão secularizada oferece um sem-fim de possibilidades: desde resistência feminista ao olhar masculino até um local onde pertencimento e estranhamento são negociados no contexto de migração e exílio. O presente artigo discute os usos da figura do dybbuk no conto “Ana min al-Yahud”, de Almog Behar atráves das lentes da animação enquanto lugar de análise, segundo teorizado por Teri Silvio, nos estudos de performance. Argumenta-se que o tropo do dybbuk não é apenas um elemento intradiegético à disposição das personagens para a compreensão do fenômeno que experienciam, mas também uma força extradiegética que insere o conto de Behar em uma ampla tradição, delineando um contínuo na história da narrativa judaica e abrindo, com o texto, um caminho de solidariedade entre as leitoras. Ainda, os trabalhos de tradução pelo qual “Ana min al-Yahud” passou, para diversas línguas e em diferentes contextos, expande o tropo do dybbuk também para audiências não familiarizadas com as narrativas judaicas.
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