Entrevista com Nelson Ascher
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2359-5388.i11p317-351Resumo
A trajetória da juventude de Nelson Ascher (1958), com passagem por faculdades direcionadas ao mercado profissionalizante, não sugeria que ele tomaria o rumo que afinal tomou. Mas desde os dez anos de idade ele já sabia o que queria ser: escritor. Desde os catorze, o que viria a ser: poeta. Na entrevista a seguir, Ascher fala do gosto pela leitura adquirido em menino com as histórias contadas pela mãe, pai e avós, húngaros de nascimento. Tradutor prolífico e poeta renomado, ele já se viu várias vezes envolvido em polêmicas de alto teor literário-ideológico. Com bom humor e erudição, nosso entrevistado revisita estes e vários outros temas, além de revelar como seu processo de criação e tradução poética envolve a passagem por um estágio de obsessão. Como poeta Ascher lançou, entre outros, Algo de Sol (1996) e Parte Alguma (2005). Suas traduções estão reunidas em O lado obscuro (1996) e Poesia Alheia (1998). Organizou com Régis Bonvicino e Michael Palmer a antologia Nothing the Sun could not explain: 20 Contemporary Brazilian Poets (1997). Transitando com fluência por Horácio, Yeats, Ginsberg, Apollinaire, Pessoa, Vinícius, Drummond e Caetano, entre outros, Nelson Ascher conta que o que ele mais gostaria de fazer hoje seria trabalhar, em parceria com poetas de língua inglesa, numa grande antologia de poesia brasileira. Nosso aparente monumento de papel crepom e prata seria, então, mais duradouro que o bronze, menos biodegradável que o plutônio, imune à chuva ácida.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Telma Franco Diniz, Marina Della Valle, John Milton, Álvaro Faleiros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.