As Invasões Bárbaras e Adeus, Lênin! A (des)construção do sonho no cinema atual
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v10i3p343-354Palavras-chave:
hegemonia, modernidade, história, capitalismo pósindustrial, recepçãoResumo
O artigo propõe uma reflexão sobre dois filmes recém-lançados em DVD, As Invasões Bárbaras, de Denys Arcand, e Adeus, Lênin!, de Wolfgang Becker, exibidos anteriormente nas salas brasileiras de cinema e que tematizam de maneiras distintas as transformações experimentadas com a queda do muro de Berlim, o desmantelamento da União Soviética e a ascensão hegemônica do capitalismo globalizado. Os filmes têm ainda em comum o fato de terem como protagonistas filhos lidando com seus respectivos pai e mãe gravemente enfermos. A presença das duas gerações marca metaforicamente a passagem de um estágio a outro da história recente. A autora observa a pertinência da temática na cultura contemporânea e a relativa escassez de obras cinematográficas a respeito. Por remeterem a questões fulcrais do momento em que vivemos, não obstante, o tempo da recepção é lento e requer a elaboração de complexos processos cognitivos que ocorrem em ritmo próprio, alheios à aceleração dos fluxos do capitalismo pós-industrial que parecem estar a reconfigurar os ritmos da existência nesta modernidade tardia. Para a autora, os filmes analisados afirmam o afeto e a cultura como antídotos contra o niilismo e a indiferença para com o que se passa à nossa volta.
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