Análise do estado de conservação e as formas de alteração nos monumentos pétreos da cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v0i23p207-225Palavras-chave:
Monumento, Pedra, AlteraçãoResumo
A cidade de São Paulo conta com inúmeros monumentos e edifícios confeccionados em pedra, principalmente no Centro Velho, que até o começo do século XX era um pequeno núcleo urbano. Apenas após o progresso trazido pelo açúcar e pelo café, São Paulo transforma-se numa cidade moderna. Dentre as pedras observadas citam-se granitos, rochas sedimentares e metamórficas, compondo uma grande diversidade pétrea. Todos os monumentos, por se situarem em ambientes externos, são afetados por processos intempéricos, com contribuição adicional da ação de micro-organismos e da poluição. São identificadas várias formas de intemperismo, tais como: depósito, incrustação, alteração cromática, mancha, alveolização, colonização biológica, eflorescência, concreção, esfoliação, lacuna, lascagem, sujidade, ocorrência de fraturas e fissuras. Além do intemperismo, os monumentos também estão sujeitos à ação do vandalismo, principalmente na forma de pichações, sendo estas ações bastante intensas. Para a caracterização do estado de conservação dos monumentos, além dos métodos tradicionais, a utilização de métodos não destrutivos, tais como determinação de velocidade ultrassônica, espectrofotometria, esclerometria e absorção de água, são bastante eficazes, pois não provocam danos físicos e estéticos às obras. A importância desses métodos é devida à obtenção de parâmetros físicos diretamente nos monumentos, sem subtração de amostras, preservando a integridade com produção de grande volume de dados in situ, sendo desta forma mais viáveis e adequados para os estudos em preservação do patrimônio cultural.
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