Para além das fronteiras: patrimônio cultural, educação e territórios educativos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v14i27espp111-132Palavras-chave:
Patrimônio cultural, Educação, Educação para cidadaniaResumo
As ações preservacionistas em sítios e bens urbanos geram impactos socioeconômicos, às vezes positivos, outras negativos. A distância entre os realizadores de restauros, revitalizações e requalificações e a vida cotidiana da qual os bens culturais fazem parte atinge sua materialidade, seus valores e, principalmente, suas dinâmicas sociais. A educação patrimonial, que tradicionalmente serve para mediar conflitos ou conscientizar o outro, será abordada nesse texto como uma ferramenta para o desenvolvimento
de processos preservacionistas participativos. Para isso, o conceito de território educativo será destrinchado como um exercício reflexivo e criativo. Sob este viés, a educação abre-se como um campo de relações de ensino-aprendizagem, de trocas de experiências, informações e valores no qual as pessoas, vistas como seres incompletos, sempre tem o que ensinar e o que aprender. Dentro desse campo, as hierarquias de valor entre conhecimentos técnicos, acadêmicos e populares é rompido para criar situações em que as diversas sabedorias de um grupo de pessoas são somadas em prol de si mesmo. Todas as ciências que compõem um território são convocadas a contribuir em um processo de preservação patrimonial, ao mesmo tempo em que esse processo não estará apenas baseado na materialidade dos bens culturais, mas em toda a complexidade de vida, relações e valores que o compõem. Assim, o conceito de territórios educativos abre novas possibilidades às práticas e aos problemas dos processos preservacionistas, criando perspectivas cidadãs e democráticas para as instituições públicas de proteção ao patrimônio cultural.
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