Patrimônio edificado e iluminação artificial externa: o caso do Convento da Penha, Vila Velha, Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v18i36p153-186Palavras-chave:
Iluminação artificial, Edifícios religiosos, Patrimônio edificadoResumo
Considerando a importância do projeto de iluminação nas intervenções em bens do patrimônio cultural edificado, este artigo busca compreender as premissas de projeto adotadas para a iluminação monumental de edificações e conjuntos arquitetônicos, bem como entender o papel da iluminação artificial na valorização e preservação dos mesmos. O objeto de estudo é o Convento da Penha, em Vila Velha, Espírito Santo, conjunto edificado a partir do século XVI, que teve um novo projeto de iluminação externa implementado em 2018. O trabalho baseou-se em estudo de caso, com coleta de dados por meio de análise documental, entrevistas com profissionais envolvidos no projeto e observações in loco. Foi possível compreender o processo da intervenção, analisando-o segundo três funções inerentes à preservação: a sustentabilidade, a comunicação e a valorização. A sustentabilidade das práticas projetuais aplicadas tem como premissa a conservação simbólica do monumento para a sociedade contemporânea sem comprometer a interpretação das futuras gerações, garantindo-se que estas terão a oportunidade de fazer sua própria leitura. A comunicação tem o papel de evidenciar as características principais do bem, guiando e facilitando a leitura do observador, ao refletir a história ali contada. A valorização é o resultado das funções anteriores, quando bem aplicadas, viabilizando o uso do edifício, fortalecendo o interesse da comunidade em sua utilização e manutenção. A partir da pesquisa realizada, apresentam-se diretrizes para futuros processos de projeto de iluminação artificial voltados para bens do patrimônio cultural edificado.
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