Camponesas na luta em defesa da terra e da vida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2022.163364Palavras-chave:
Mulheres, Etnografia, Educação, Comunicação e audiovisual, Psicologia socialResumo
Este artigo apresenta aspectos de um estudo realizado com dez mulheres inseridas na luta pela terra no estado de Rondônia que foram eleitas a partir de três movimentos sociais do campo. Nesse sentido, relata a experiência com o método etnográfico, utilizando o recurso audiovisual em uma pesquisa no campo da Psicologia Social, e trata da elaboração e utilização do documentário etnográfico como ferramenta importante para a abordagem dessas dinâmicas envolvendo grupos sociais, com o firme objetivo de fazer frente a Homo sapiens sapiens determinados segmentos em benefício comum. A ideia que guiou o texto teve como fio condutor a cotidianidade e a educação não formal, além do conjunto de memórias relacionadas à participação feminina no trabalho, na luta e permanência na terra, assim como o papel da comunicação – com especificidade na produção e realização de um audiovisual editado no formato de um documentário etnográfico – com embasamento teórico na psicologia social e nas reflexões em torno das ruralidades e das lutas sociais na Amazônia. A proposta inicial que conduziu a imersão no campo etnográfico foi a realização do vídeo Camponesas na luta em defesa da terra e da vida, que conta a trajetória dessas militantes da luta pela terra no estado de Rondônia, tendo em vista que a produção e realização desse vídeo se encontra na perspectiva de se mostrar uma etapa importante, com o audiovisual enquanto metodologia para a pesquisa etnográfica na psicologia social. E, como o documentário pode ser utilizado de forma dinâmica, pode ser um importante suporte de abordagem em pesquisas dessa disciplina
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