Distanciamentos e aproximações entre ergologia e teoria da atividade: entendimentos da noção deatividade e suas contribuições para análisedo trabalho
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2025.212627Palavras-chave:
Trabalho, Ergologia, Teoria da atividade, Análise do trabalhoResumo
Este artigo objetiva problematizar o tratamento da noção de atividade adotada nos campos da teoria da atividade e da abordagem ergológica do trabalho, que focam a análise do trabalho e dos saberes produzidos nesse local. Para tal, revisitamos as produções bibliográficas elaboradas em ambas as áreas, analisando as pesquisas de Engeström e Schwartz, retomando os princípios que regem a concepção da noção de atividade de trabalho e aproximando ambos os campos teóricos. Em conclusão, ponderamos que a teoria da atividade, ao propor um sistema para análise da atividade, nos auxilia a sistematizar os polos presentes no trabalho e que precisam ser ponderados para análise deste. Já a abordagem ergológica do trabalho aprofunda conceitualmente os polos propostos pelos teóricos da atividade, apoiando-se na ideia de singularidade e imprevisibilidade do trabalho.
Downloads
Referências
Canguilhem, G. (2009). O normal e o patológico. (6a ed.). Forense Universitária.
Cunha, D. (2007). Notas conceituais sobre atividade e corpo-si na abordagem ergológica do trabalho. In Anais da 30ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. ANPED.
Duraffourg, J., Duc, M., & Durrive, L. (2007). O trabalho e o ponto de vista da atividade. In L. Durrive & Y. Schwartz (Eds.), Trabalho & ergologia: conversas sobre a atividade humana (pp. 47-82). EdUFF.
Durrive, L. & Schwartz, Y. (2008). Glossário da ergologia. Laboreal, 4(1), 23-28. https://doi.org/10.4000/laboreal.11665
Engeström, Y. (1999). Activity Theory and individual and social transformation. In Y. Engeström, R. Miettinen, & R. Punamäki (Eds.), Perspectives on activity theory (pp.18-38). Cambridge University Press.
Engeström, Y. (2000). Activity theory as a framework for analyzing and redesigning work. Ergonomics, 43(7), 960-974. https://doi.org/10.1080/001401300409143
Engeström, Y. (2002). Aprendizagem por expansão na prática: em busca de uma reconceituação a partir da teoria da atividade. Cadernos de Educação, (19). https://doi.org/10.15210/caduc.v0i19.1441
Engeström, Y. (2013). Aprendizagem expansiva: por uma reconceituação pela teoria da atividade. In K. Illeris (Ed.), Teorias Contemporâneas da Aprendizagem (pp. 68-90). Penso.
Engeström, Y. (2016). Aprendizagem Expansiva. Pontes Editores.
Engeström, Y & Sannino, A. (2016). Estudos de aprendizagem expansiva: fundamentos, descobertas e futuros desafios. In Y. Engeström, Aprendizagem Expansiva. (pp. 367-431). Pontes Editores.
Kuutti, K. (1996). Activity theory as a potential framework for human-computer interaction research. In. B. A. Nardi (Ed.), Context and consciousness: Activity theory and human-computer interaction (pp. 17-44). MIT Press.
Leontiev, Alexei. (1978). Activity, consciousness, and personality. Prentice-Hall.
Leontiev, Alexei. (1981). Problems of the devolopment of the mind. Progess.
Ilienkov, Evald. (1982). The dialectics of the abstract and concrete in Marx’s Capital. Progess.
Mencacci, N. & Schwartz, Y. (2015) Trajetórias e usos de si. In L. Durrive, & Y. Schwartz (Orgs.), Trabalho & ergologia II: diálogos sobre a atividade humana (pp. 17-54). Fabrefactum.
Schwartz, Y. (1998). Os ingredientes da competência: Um exercício necessário para uma questão insolúvel. Educação & Sociedade, 19(65), 101-140.
https://doi.org/10.1590/S0101-73301998000400004
Schwartz, Y. (2000). Trabalho e uso de si. Pro-posições, 11(2), 34-50.
Schwartz, Y. (2003). Trabalho e saber. Trabalho & Educação, 12(1), 21-34.
Schwartz, Y. (2007). A dimensão coletiva do trabalho e as Entidades Coletivas Relativamente Pertinentes (ECRP). In L. Durrive & Y. Schwartz (Eds.), Trabalho & ergologia: conversas sobre a atividade humana (pp. 151-166). EdUFF.
Schwartz, Y. (2009). Produzir saberes entre aderência e desaderência. Educação Unisinos, 13(3), 264-273. https://doi.org/10.4013/edu.2009.133.4959
Schwartz, Y. (2010). A experiência é formadora? Educação & Realidade, 35(1).
Schwartz, Y. (2011a). Manifesto por um ergoengajamento. In. P. F. Bendassolli, & L. A. P. Sobol (Eds.), Clínicas do trabalho: novas perspectivas para compreensão do trabalho na atualidade (pp. 132-166). Atlas.
Schwartz, Y. (2011b). Conceituando o trabalho, o visível e o invisível. Trab. educ. saúde (Online), 9(1), 19-45. https://doi.org/10.1590/S1981-77462011000400002
Schwartz, Y. (2014) Motivações do conceito de corpo-si: corpo-si, atividade, experiência. Letras de hoje, 49(3), 259-274. https://doi.org/10.15448/1984-7726.2014.3.19102
Schwartz, Y. (2015). Conhecer e estudar o trabalho. Trabalho & Educação, 24(3), 83-89.
Schwartz, Y. (2007). O homem, o mercado e a cidade. In Y. Schwartz & L. Durrive (Orgs.), Trabalho & ergologia: conversas sobre a atividade humana (pp. 249-274). EdUFF.
Tomaz, V. (2007). Prática de transferência de aprendizagem situada em uma atividade interdisciplinar [Tese, Universidade Federal de Minas Gerais].
Venner, B. & Schwartz, Y. (2015). Debates de normas, “mundo de valores” e engajamento transformador. In L. Durrive & Y. Schwartz (Eds.). Trabalho & ergologia II: diálogos sobre a atividade humana (pp. 55-150). Fabrefactum.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Natalia Lima, Daisy Cunha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e da publicação inicial nesta revista. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e da publicação inicial nesta revista. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
