Opressão e resistência na cozinha em Como água para chocolate, de Laura Esquivel
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i18p138-151Palavras-chave:
Laura Esquivel, como água para chocolate, espaço, cozinha, opressão, resistência.Resumo
O presente artigo objetiva analisar a representação do espaço da cozinha em Como água para chocolate (1993) de Laura Esquivel e suas implicações nos movimentos de opressão e resistência caracterizados pela autora em sua diegese. Tita De la Garza, ao nascer sobre a mesa da cozinha, é destituída de uma vivência plena ao ser subjugada por uma tradição familiar que a coloca na posição de servente de sua mãe até o fim de seus dias. A cozinha, que num primeiro momento se mostra como um lugar de confinamento, ressignifica-se como um eixo subversivo de formação de subjetividades femininas uma vez que Tita encontra no aprisionamento espacial uma forma de projetar sua voz, desejos e sentimentos silenciados através da comida. Apoiamo-nos em teóricos a exemplo de Tuan (2013), Sceats (2003) e Certeau, Giard e Mayol (1993) para melhor compreender como isso se desdobra no romance.
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