As palavras dançantes de Barthes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p431-446Palavras-chave:
Barthes, Nietzsche, Prazer, Metáfora, DançaResumo
Profundamente tocado pelos escritos do filósofo que declarou a morte de Deus, Barthes analogamente declara a morte do autor; dada a impossibilidade de conhecimento claro e distinto, a exposição de sua contra teoria do texto deve ser condizente: fragmentada e exposta através de metáfora. Assim, este artigo tem por mote abrir caminho para uma aproximação entre a dança e a escritura de Barthes, mostrando-se a necessidade de um estilo de exposição em que conceitos são metaforizados e articulados para se movimentar, impulsionados pelo que se afirma no lugar da ciência: o prazer. Para tanto, será revista a influência de Nietzsche sobre Barthes, de modo a evidenciar a necessidade de uma tal escrita, que culminará em O prazer do texto barthesiano, marco na vida escritural de Barthes em que teoria e sensualidade se confundem, como aqui se quer mostrar.
Downloads
Referências
BARTHES, R. La préparation du roman. Cours au Collège de France (1978-1979 et 1979-1980). Paris: Éditions du Seuil, 2015.
BARTHES, R. Roland Barthes por Roland Barthes. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.
BARTHES, R. Le plaisir du texte. Paris: Éditions du Seuil, 1973a.
BARTHES, R. Le lexique de l’auteur. Séminaire à l’Ecole pratique des hautes études (1973-1974). Paris: Éditions du Seuil, 1973b.
CÍCERO, M, T. Discussões tusculanas. Uberlândia-MG: EDUFU, 2014.
COELHO, M. “Prefácio”. In: VALÉRY, P. A Alma e a Dança e outros diálogos/Paul Valéry: apresentação e tradução, Marcelo Coelho. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 9-13.
GIDE, A. La porte étroite. Paris: Gallimard, [s. d.].
HOUAISS, A.; VILLAR, M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
LEBRETON, L. “Nietzsche, leitor de Pascal: “o único cristão lógico’”. Dissertatio, Pelotas, v. 48, p. 26-46, 2018.
NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
NIETZSCHE, F. Obras incompletas. São Paulo: Editora 34, 2014.
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
NIETZSCHE, F. Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 2005a.
NIETZSCHE, F. Humano, demasiado humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2005b.
PASCAL, B. Pensées. Paris: Gallimard, 2000.
PERRONE-MOISÉS, L. Roland Barthes e o prazer da palavra. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/roland-barthes-e-o-prazer-da-palavra/, 14 mar. 2010. Acesso em: 01 jul. 2021.
PINO, C. “Da filiação do pesquisador à filiação do escritor: Roland Barthes e o seminário da crise intelectual”. Remate de Males, Campinas, v. 39, n. 2, p. 830-848, jul./dez. 2019.
PINO, C. “Viver, morrer e matar de escrever: os sacrifícios de Roland Barthes”. Estudos: Linguísticos e Literários, Salvador, n. 42, p. 99-121, jul./dez. 2010.
PLATÃO. A Apologia de Sócrates. Porto Alegre: L&PM, 2008.
VALÉRY, P. A Alma e a Dança e outros diálogos/Paul Valéry: apresentação e tradução, Marcelo Coelho. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
WELLER, S. “Active Philology: Barthes and Nietzsche”. French Studies, Oxford, v. 73, n. 2, p. 217-233, abr. 2019.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Julia Bunemer Nojiri
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).