Pensar pelas Costas: Notas sobre Oficinas e Outras Atividades da Greve Estudantil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i40p%25pPalavras-chave:
Ensino e Pesquisa, Postura, Greve estudantil, Universidade, Saberes InsurgentesResumo
Qual ato inaugura uma aula? Mais que a fala autorizada, o gesto que está na origem desse processo e o sustenta é a postura dos envolvidos. Designando simultaneamente a configuração do corpo e a disposição psíquica, a postura atua de forma silenciosa, dinâmica e heterogênea em um espaço de estudos. Propomos então pensar uma breve história das posturas na formação da disciplina de estudos literários. Para tanto, partiremos, às avessas, das imagens de ocupações de escolas e universidades em que carteiras e cadeiras são colocadas em disputa e (in-)utilizadas. Daí que, diante da solicitação por outras formas de se posicionar e constituir corpos (discentes, docentes, técnicos, bibliográficos), perguntaremos sobre a experiência específica de aprendizagem insurgente da greve e das oficinas estudantis, que excede a da sala de aula, reivindicando-a pelo lado de fora.
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