Os memes e a deselitização do acesso à literatura: uma análise da página @funkeiroscults

Autores

  • Daniela Fátima Dal Pozzo Universidade de Caxias do Sul
  • Gabriela Valer Picancio Sem registro de afiliação
  • Márcio Miranda Alves Universidade de Caxias do Sul https://orcid.org/0000-0001-6455-7332

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2023.208301

Palavras-chave:

Mídias sociais, Memes, Literatura, Democratização, @funkeiroscult

Resumo

Este artigo busca investigar a relação entre Instagram e literatura, de modo a analisar como a prosa e a poesia são “memeficadas” nessa rede social, especificamente na página @funkeiroscults, e verificar como as comunidades periféricas brasileiras contribuem para combater a crença de que a literatura seria destinada apenas a camadas sociais de maior poder aquisitivo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gabriela Valer Picancio, Sem registro de afiliação

    Mestre em Letras e Cultura pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Especialista em Neurociências Aplicadas à Aprendizagem e à Linguagem (UCS). Possui graduação em Artes Visuais pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), com extensão pela Universidad Autónoma de Madrid, Espanha. Realiza pesquisas na área de Teoria da Arte - sistema, mercado, globalização e suas relações com grupos sociais - e em neuroestética - arte, empatia e cognição. 

  • Márcio Miranda Alves, Universidade de Caxias do Sul

    Doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP). Coordenador do Programa de Pós-graduação em Letras e Cultura da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Editor da revista Antares: Letras e Humanidades.

Referências

AMAURI FILHO. Saiba mais da família “X-Metal” da Oakley, berço dos modelos Romeo, Mars e Juliet. Kondzilla, 2019. Disponível em: https://kondzilla.com/m/saiba-mais-da-familia-x-metal-da-oakley-berco-dos-modelos-romeo-mars-e-juliet. Acesso em: 23 jul. 2020.

BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 165-196.

BOLTER, Jay David. The digital plenitude: the decline of elite culture and the rise of new media. London: MIT Press, 2019.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand, 1989.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas lingüísticas: o que falar quer dizer. 2.ed. São Paulo: EDUSP, 1998.

CAVALCANTE, Mônica M.; OLIVEIRA, Rafael L de. O recurso aos memes em diferentes padrões de gêneros à luz da Linguística Textual. In: Desenredo, 15(1): 8-23, jan./abr. 2019.

CHAUI, Marilena de Souza. Cultura e democracia. In: Crítica y emancipación: Revista latinoamericana de Ciencias Sociales, 1: 53-76, 2008. Disponível em:

http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/secret/CyE/cye3S2a.pdf. Acesso em: 15 out. 2019.

DAWKINS, Richard. O gene egoísta. Belo Horizonte: Itatiaia, 2001.

FERREIRA, Gabriela. A página Funkeiros Cults mostra que tem funkeiro que curte literatura. Kondzilla, Brasil. 2020. Disponível em: https://kondzilla.com/m/a-pagina-funkeiros-cults-mostra-que-tem-funkeiro-que-curte-literatura. Acesso em: 3 ago. 2021.

FUNKEIROS CULTS OFICIAL (Brasil). 2020. Instagram: @funkeiroscults. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CCs-6NDH-sv/. Acesso em: 3 jul. 2021.

LUCCHESI, Dante. Norma Linguística e realidade social. In: BAGNO, Marcos. Linguística da norma. São Paulo: Edições Loyola, 2012. p. 57-83.

MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

OLIVEIRA, Bárbara Caroline de; SANTOS, Marcelo Souza; SOUZA DIAS, Romar. Língua-cultura: teorias e implicações para o ensino de línguas. In: Revista Metáfora Educacional, Feira de Santana (Bahia), 15: 96-109, 2013

SOUSA, Fábio D’abadia; FONSECA, Pedro Carlos Louzada. Literatura e fotografia: anseio pela apreensão do instante. In: Signótica, 20: 150-174, 2008.

SHIFMAN, Limor. Memes in digital culture. Cambridge: Massachusetts Institute of Technolog, 2014.

WIGGINS, Bradley. The Discursive Power of Memes in Digital Culture: ideology, semiotics, and intertextuality. Nova York: Routledge, 2019

WILLIAMS, Raymond. Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007.

WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 7-67.

Downloads

Publicado

2023-12-18

Edição

Seção

Dossiê n. 31: Literatura, educação literária e formação do leitor

Como Citar

Os memes e a deselitização do acesso à literatura: uma análise da página @funkeiroscults. (2023). Revista Crioula, 31, 239-261. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2023.208301