A violência de gênero em Tereza Batista cansada da guerra

Autores

  • Luiz Izaac dos Santos Ribeiro Universidade de Brasília
  • Maria do Socorro Pinheiro Sem Registro de Afiliação

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2023.213801

Palavras-chave:

Literatura brasileira, Gênero, Violência

Resumo

Este artigo tem por objetivo abordar a violência de gênero a propósito da obra literária Tereza Batista cansada de guerra (1972) de Jorge Amado, e almeja buscar respostas para os seguintes questionamentos: como a violência de gênero aparece representada no romance? Quais personagens femininas sofrem tal violência? Como elas reagem? Quanto ao aporte teórico, os pensamentos de Saffioti (1999), Moore (2000), Bandeira (2014), Spivak (2010), Gomes (2014), XXXXX (2020), Grijalva (2020), Xavier (2021), dentre outras(os), foram relevantes para construir uma leitura hermenêutica a partir do texto literário, sobretudo, no sentido de perceber as violências de gênero como sendo algo estrutural e sistêmico que subjuga a vida das mulheres. Sobre os achados deste trabalho, eles apontam principalmente para o dado de que a violência de gênero é diversificada quanto ao tipo, bem como em relação as personagens femininas vitimadas. E sobre estas, podem ser categorizadas em pelo menos três grupos: as que promovem violências contra outras personagens femininas; as que são conformadas às violências de gênero; e, as que se rebelam contra as violências de gênero.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Luiz Izaac dos Santos Ribeiro, Universidade de Brasília

    Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Crateús (2016), Mestrado Interdisciplinar História e Letras pela Universidade Estadual do Ceará (2020), e atualmente, é aluno do Programa de Pós-Graduação em Literatura, em nível de doutorado, na Universidade de Brasília. Bolsista CAPES.

  • Maria do Socorro Pinheiro, Sem Registro de Afiliação

    Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Estadual do Ceará (1997), Mestrado em Letras pela Universidade Federal do Ceará (2006), Doutorado em Literatura e Interculturalidade pela Universidade Estadual da Paraíba (2015) e Pós-Doutorado em Linguagem e Ensino pela Universidade Federal de Campina Grande (2019).

Referências

AMADO, Jorge. Tereza Batista cansada de guerra. 3. reimpressão. São Paulo: Companhia das letras, 2008.

BANDEIRA, Lourdes Maria. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Sociedade e estado, Brasília, v. 29, n. 2, p. 449-469, 2014. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5897/5341. Acesso 21 fev 2022.

BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei n. 11.340/2006. Coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. Presidência da República, 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 13 abr. 2021.

FIGUEIREDO, Euridice. Violência e sexualidade em romances de autoria feminina. Interdisciplinar, São Cristóvão, v. 32, n. 1, p. 137-149, jul.-dez. 2019. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/download/12872/9705/. Acesso em 21 jun. 2023.

GOMES, Carlos Magno. Marcas da violência contra a mulher na literatura. Diadorim, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 01-11, jul. 2013. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/diadorim/article/download/3981/15576. Acesso em: 21 jun. 2023.

GOMES, Carlos Magno. O feminicídio na ficção de autoria feminina brasileira. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 781-794, set./dez. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ref/v22n3/04.pdf. Acesso em: 20 mai. 2021.

GRIJALVA, Dorótea Gómez. Meu corpo é um território político. Trad. Sandra Bonomini. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2020.

IGARAPÉ. Site do Instituto Igarapé, 2021. Sistema de Saúde no Brasil. Disponível em: https://eva.igarape.org.br/health_system/br. Acesso em: 04 abr. 2021.

MENDONÇA, João Guilherme Rodrigues; RIBEIRO, Paulo Rennes Marçal. Algumas reflexões sobre a condição da mulher brasileira da colônia às primeiras décadas do século XX. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 5, n. 1, p. 93-104, jan./abr. 2010.

OTTONI, Paulo. Visão performativa da linguagem. Campinas: Editora da UNICAMP, 1998.

PINHEIRO, Maria do Socorro. Erotismo metafísico na poesia de Gilka Machado: símbolos do desejo. 2015. 152 f. Tese (Doutorado em Literatura e Interculturalidade) – Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade, Departamento de Letras e Artes, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2015.

SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. Já se mete a colher em briga de marido e mulher. São Paulo em Perspectiva, São Paulo: Fundação SEADE, v. 13, n. 4, p. 82-91, out./dez. 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/spp/v13n4/v13n4a08.pdf. Acesso em: 20 mai. 2021.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra R. G. Almeida; Marcos P. Feitosa; André P. Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

XAVIER, Elódia. Que corpo é esse?: o corpo no imaginário feminino. Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2021.

Downloads

Publicado

2023-12-29

Edição

Seção

Dossiê n. 32: Jorge Amado: para além dos 90 anos de publicação

Como Citar

A violência de gênero em Tereza Batista cansada da guerra. (2023). Revista Crioula, 32, 284-312. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2023.213801