Conexão Angola-Portugal: os dias de ponte aérea de um povo retornado
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v11i20p234-250Palavras-chave:
Retornados, Literatura portuguesa, Literatura comparadaResumo
O fim da ditadura militar portuguesa através da Revolução dos Cravos anuncia o início de um novo período que se reflete não apenas em Portugal, mas sim em suas colônias, sobretudo em Angola e Moçambique, que passam a projetar seus processos de independência e construção de uma nação feita por e para africanos. Como resultado, cerca de meio milhão de portugueses são obrigados a abandonar suas casas em África e regressar para a Metrópole. Este trabalho tem por objetivo narrar sobre essas viagens retratadas na obra S.O.S Angola, da jornalista Rita Garcia. Como teóricos, utiliza-se uma introdução literária, do professor Carlos Reis e os conceitos de geometria da memória, dos pesquisadores António Souza Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro e de Diáspora, com Stuart Hall.
Downloads
Referências
AUERBACH, Erich. Mímesis – a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 1971.
BARTHES, Roland. O efeito do real. In __________. O Rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
BURKE, Peter. A Revolução francesa da historiografia: a Escola dos Annales (1929-1989). São Paulo: Ed. UNESP, 1992.
FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de memórias coloniais. 5.ed. Coimbra: AngelusNovus, 2011.
GARCIA, Rita. S.O.S. Angola: Os dias da Ponte Aérea. Lisboa: Oficina do Livro, 2011.
GONÇALVES, Leandro Pereira; PAREDES, Marçal de Menezes. Depois dos Cravos: Liberdades e independências. Porto Algre: EDIPUCRS, 2017.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Minas Gerais: UFMG, 2008.
MENEZES, Solival. Mamma Angola: Sociedade e Economia de um País Nascente. São Paulo: Edusp, 2000.
NETO, Maria da Conceição. Maria do Huambo: Uma vida de “indígena”. Colonização, estatuto jurídico e discriminação racial em Angola (1926-1961). In África: Revista do centro de estudos africanos. São Paulo: USP, 2005, p. 119-127.
PEARCE, Justin. A Guerra Civil em Angola: 1975-2002. Lisboa: Tinta da China, 2017.
REIS, Carlos. O Conhecimento da Literatura: uma Introdução aos Estudos Literários, 2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2013.
RIBEIRO, Antônio Souza; RIBEIRO, Margarita Calafate. Geometrias da Memória: Configurações Pós-coloniais. InRIBEIRO, Antônio Souza; RIBEIRO, Margarita Calafate (orgs.). Geometrias da Memória: Configurações Pós-coloniais. Porto: Afrontamento, 2016.
SCHUBERT, Joe. 2013. Democratização e consolidação do poder político em Angola no pós-guerra. Disponível em:http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n37/n37a07.pdf. Acesso em: 03 de junho de 2018.
SECCO, Lincoln. Trinta anos da Revolução dos Cravos in Revista Adusp, 33 ed. São Paulo: USP. Outubro de 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Pietro Gabriel dos Santos Pacheco
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(s) autor(es) declara(m) automaticamente ao enviar um texto para publicação na revista Desassossego que o trabalho é de sua(s) autoria(s), assumindo total responsabilidade perante a lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, no caso de plágio ou difamação, obrigando-se a responder pela originalidade do trabalho, inclusive por citações, transcrições, uso de nomes de pessoas e lugares, referências histórias e bibliográficas e tudo o mais que tiver sido incorporado ao seu texto, eximindo, desde já a equipe da Revista, bem como os organismos editoriais a ela vinculados de quaisquer prejuízos ou danos.
O(s) autor(s) permanece(m) sendo o(s) detentor(es) dos direitos autorais de seu(s) texto(s), mas autoriza(m) a equipe da Revista Desassossego a revisar, editar e publicar o texto, podendo esta sugerir alterações sempre que necessário.
O autor(s) declara(m) que sobre o seu texto não recai ônus de qualquer espécie, assim como a inexistência de contratos editoriais vigentes que impeçam sua publicação na Revista Desassossego, responsabilizando-se por reivindicações futuras e eventuais perdas e danos. Os originais enviados devem ser inéditos e não devem ser submetidos à outra(s) revista(s) durante o processo de avaliação.
Em casos de coautoria com respectivos orientadores e outros, faz-se necessária uma declaração do coautor autorizando a publicação do texto.
Entende-se, portanto, com o ato de submissão de qualquer material à Revista Desassossego, a plena concordância com estes termos e com as Normas para elaboração e submissão de trabalhos. O não cumprimento desses itens ou o não enquadramento às normas editoriais resultará na recusa do material.