O futuro fabuloso dos ibéricos em "A jangada de pedra": um manifesto dissonante como resposta à Europa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v14i28p47-62Palavras-chave:
Ironia, Mitologia, Política, Historiografia, MetaficçãoResumo
O presente artigo estabelece uma discussão teórica a respeito do romance "A jangada de pedra" (1986), de José Saramago, conferindo-se na narrativa o debate político que o autor promove através de personagens emblemáticos para a história de Portugal e Espanha. Pertencer ou não à Europa é um dos pontos cruciais de reflexão que o narrador nos oferece em forma de crítica ao longo do texto, uma vez que a Península Ibérica passa a navegar pelos mares, desprendida do Velho Mundo.
Downloads
Referências
BARTHES, Roland. O prazer do texto. Trad. J. Ginsburg. São Paulo: Perspectiva, 2006.
BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: (a idade da fábula): histórias de deuses e heróis. Trad. David Jardim Júnior. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002
CARVALHO, Maria Cristina Chaves de. “Aqui o mar acaba e a terra principia”: o lugar que se revela em A jangada de pedra. 2006. 73f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Departamento de Letras do Centro de Teologia e Ciências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2006.
HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Tradição de Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
LLOSA, Mario Vargas. A verdade das mentiras. São Paulo: Arx, 2004.
LOURENÇO, Eduardo. O labirinto da saudade: psicanálise mítica do destino português. Lisboa: Dom Quixote, 1988.
LOURENÇO, Eduardo. Nós e a Europa ou as duas razões. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1990.
PARKER, Robert. Miasma: pollution and purification in early Greek Religion. Oxford: Clarendon, 1983.
REIS, Carlos. Diálogos com José Saramago. Lisboa: Editorial Caminho, 1998.
SARAMAGO, José. A jangada de pedra. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ubiratan Machado Pinto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(s) autor(es) declara(m) automaticamente ao enviar um texto para publicação na revista Desassossego que o trabalho é de sua(s) autoria(s), assumindo total responsabilidade perante a lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, no caso de plágio ou difamação, obrigando-se a responder pela originalidade do trabalho, inclusive por citações, transcrições, uso de nomes de pessoas e lugares, referências histórias e bibliográficas e tudo o mais que tiver sido incorporado ao seu texto, eximindo, desde já a equipe da Revista, bem como os organismos editoriais a ela vinculados de quaisquer prejuízos ou danos.
O(s) autor(s) permanece(m) sendo o(s) detentor(es) dos direitos autorais de seu(s) texto(s), mas autoriza(m) a equipe da Revista Desassossego a revisar, editar e publicar o texto, podendo esta sugerir alterações sempre que necessário.
O autor(s) declara(m) que sobre o seu texto não recai ônus de qualquer espécie, assim como a inexistência de contratos editoriais vigentes que impeçam sua publicação na Revista Desassossego, responsabilizando-se por reivindicações futuras e eventuais perdas e danos. Os originais enviados devem ser inéditos e não devem ser submetidos à outra(s) revista(s) durante o processo de avaliação.
Em casos de coautoria com respectivos orientadores e outros, faz-se necessária uma declaração do coautor autorizando a publicação do texto.
Entende-se, portanto, com o ato de submissão de qualquer material à Revista Desassossego, a plena concordância com estes termos e com as Normas para elaboração e submissão de trabalhos. O não cumprimento desses itens ou o não enquadramento às normas editoriais resultará na recusa do material.