Tempo e Memória: constituição do sujeito em A Cidade de Ulisses
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v15i30p226-237Palavras-chave:
Teolinda Gersão, Memória, Constituição do sujeito, A cidade de UlissesResumo
Partindo da perspectiva de que no mundo da pós-modernidade o sentido de todas as coisas está no princípio do movimento e da construção, a proposta deste estudo é analisar como os mecanismos da memória corroboram para a constituição do sujeito por meio de narrativas demonstradas no livro A cidade de Ulisses, de Teolinda Gersão, publicado em 2011. Desse modo, o estudo que segue neste artigo parte dos pressupostos teóricos de que a memória individual e coletiva são auxiliares no processo de construção do sujeito, por meio de processos de rememoração e da percepção da presença do mito, do imaginário e da ficção para o desenvolvimento, não só do eu ou de territórios, mas da própria realidade humana. Para essa análise, foram utilizados, como aporte teórico, as contribuições de Le Goff (1990) e Stuart Hall (2021).
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