Tributo a dois comunistas portugueses em Levantado do chão, de José Saramago
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v17i34p299-316Palavras-chave:
História, Literatura portuguesa, Memória, Saramago, TerraResumo
O objetivo do estudo “Tributo a dois comunistas portugueses em Levantado do chão, de José Saramago” é apresentar, de um lado, a saga dos sem terra anônimos da região do Alentejo, no sul de Portugal, em Lavre, Montemor-o-Novo e adjacências, que são representados pela família fictícia dos Mau-Tempo: desde o final do século XIX, passando pela proclamação da República (1910), pela implementação e consolidação do Estado Novo (1933-1974) até a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974. O narrador denuncia as péssimas condições do trabalho sazonal e a luta dos trabalhadores rurais em busca de melhores condições, auxiliados por sindicalistas do Partido Comunista Português, que distribuíam panfletos, convocavam reuniões clandestinas, manifestações e greves em Montemor. E, de outro, deseja-se destacar a trajetória de João Domingos Serra (1905-1982), um agricultor alentejano, que serviu de inspiração para Saramago, e a vida dos comunistas e presos políticos Germano Vidigal (1913-1945) e José Adelino dos Santos (1912-1958), que se engajaram no combate contra o Latifúndio, o Estado e a Igreja e perderam a vida. A análise foi feita sob a perspectiva da “memória coletiva”, de Maurice Halbwachs.
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