Forma breve, problema grande: era uma vez Adília Lopes e “A princesa de braços cruzados”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v17i34p193-205Palavras-chave:
Adília Lopes, Contos de fadas, Forma breve, Ironia, ParódiaResumo
O presente artigo propõe a análise e a interpretação de “A princesa de braços cruzados”, texto ficcional de Adília Lopes inscrito no livro A bela acordada, originalmente publicado pela Black Sun em 1997 e, posteriormente, recolhido em Dobra (Assírio & Alvim, 2021). A partir da hipótese de que Adília inquire sobre as formas textuais ditas “tradicionais” ao se apropriar e reelaborar subversivamente os contos da carochinha, a perspectiva ensaística aqui visa investigar os procedimentos e as discussões levantados pelo texto adiliano, a fim de observar como a poetisa trabalha contemporaneamente com motivos caros ao seu pensamento, como o desejo feminino, o sofrimento e a crueldade, em uma forma breve, cujos limites entre narrativa e poesia figuram turvos.
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