O Marquês de Chamilly: da intertextualidade e do feminino em Adília Lopes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v17i34p64-84

Palavras-chave:

Adília Lopes, Intertextualidade, Estudos de gênero, Cartas portuguesas, Poesia portuguesa contemporânea

Resumo

Este artigo analisa como o livro O Marquês de Chamilly, de Adília Lopes, reinterpreta o romance epistolar Cartas Portuguesas (1669) através do diálogo com uma extensa rede intertextual. A questão da intertextualidade adiliana, diante do papel da marcação de gênero na produção e recepção de obras literárias, é abordada para pensar o procedimento de montagem do texto por variações intertextuais como fundamento criativo e subversivo da poética de Adília Lopes.

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Biografia do Autor

  • Ana Beatriz Affonso Penna, Universidade Federal do Paraná

    Professora do Setor de Educação Profissional e Tecnológica da Universidade Federal do Paraná. Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Mestra em Estudos da Literatura e Graduada em Letras (Português e Inglês) pela mesma Universidade. Realizou estágio doutoral na Universidade do Porto.

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Publicado

2025-10-22

Como Citar

Penna, A. B. A. . (2025). O Marquês de Chamilly: da intertextualidade e do feminino em Adília Lopes. Revista Desassossego, 17(34), 64-84. https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v17i34p64-84