Adília Lopes: a escrita como vida
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v17i34p11-28Palavras-chave:
Adília Lopes, Infância, Memória, Colagem, Poesia portuguesa contemporâneaResumo
Proposta de leitura dos últimos livros da poeta portuguesa contemporânea, Adília Lopes, falecida em dezembro de 2024. Articulação de obras que apresentam como paratextos fotografias pessoais e da casa da Autora, instalando um jogo de ficção/verdade que se reflete no deslocamento agora acentuado entre as nomeações Maria José/Adília Lopes. A infância como escrita e o tempo como fio condutor de uma produção final que se afirma como espaço de brinquedo (a língua e seus jogos) e de prazer (a liberdade de ser e de viver na escrita). A ideia de álbum de fotos / álbum de memórias como construção ficcionalizada (colagens) da vida no literário. A elaboração de scrapbooks. A aproximação entre o processo de escrita desses livros e o pensamento de Roland Barthes compondo seu próprio patch-work em Barthes (1977).
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Referências
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