INTERLÚDIO EUFÓRICO E FRAGMENTAÇÃO DO “EU”: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS ENTRE A “ODE TRIUNFAL” DE ÁLVARO DE CAMPOS E AS TESES FUTURISTAS DE MARINETTI
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v4i8p64-75Palavras-chave:
Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Ode Triunfal, Marinetti, FuturismoResumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a segunda fase da poesia de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, com foco específico no estudo da Ode Triunfal, poema no qual o artista glorifica, em tom eufórico, as descobertas tecnológicas e científicas do mundo moderno. Nesse processo, Campos advoga em favor de um “eu” fragmentário, capaz de mimetizar o caráter prismático do turbilhão de sensações do mundo moderno, colocando-se como uma espécie de porta-voz do processo de despersonalização empreendido pelo próprio Pessoa. Diante disso, convém examinar tal produção, com foco num dos principais intertextos com os quais ela dialoga: as teses futuristas de F. T. Marinetti. Assim, procurar-se-ão apontar aproximações e distanciamentos entre o referido texto pessoano e as diretrizes vanguardistas traçadas pelo teórico italiano em seus principais panfletos combativos.
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