AINDA MOFADO: UM BREVE ENSAIO SOBRE BOLOR, DE AUGUSTO ABELAIRA
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v5i10p85-96Palavras-chave:
Bolor, limites entre ficção e realidade, a literatura portuguesa moderna.Resumo
Escrever para entender o que se passa. A escrita como necessidade para um casal cujo silêncio da existência e da convivência conjugal representa, no microcosmo social, todo o peso político por que passa Portugal no período salazarista. Essas são as linhas teórico e ficcional com as quais Abelaira constrói o romance metaficcional Bolor. Pela falta de uso, a linguagem se embolora, põe-se, pela enunciação, entre parênteses à espera de que as condições sociais melhores, ou de que a leitura faça pertinente os sentidos possíveis na comunicação que só a literatura é capaz de instaurar. Por isso, o presente ensaio propõe uma leitura mais radical para um romance pouco convencional, capaz, então, de instaurar e de reforçar pela tecnologia da escrita a importância de uma resignificação da memória. Sendo assim, o limite entre ficção e realidade, a especificidade da linguagem no fazer da representação e da modernidade e os símbolos possíveis para uma escrita fora dos limites da autoria serão trazidos à baila na leitura empreendida em “Ainda mofado: um breve ensaio sobre Bolor, de Augusto Abelaira”. A partir de um pastiche, o referido ensaio pretende aliar o movimento de leitura realizado a algumas contribuições teóricas de Sartre, Barthes, Hutcheon, Agamben e Compagnon.Downloads
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Copyright (c) 2013 Rodrigo Ferreira Barros Ségges
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