O estatuto da concepção nietzschiana de mundo

Autores

  • Eder Corbanezi Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2018.150845

Palavras-chave:

Mundo, Vontade de potência, Interpretação, Hipótese

Resumo

Nietzsche confere à sua concepção de mundo como vontade de potência o estatuto de interpretação, hipótese e ensaio. Procuraremos mostrar que, com isso, ele sublinha seu perspectivismo e antidogmatismo, mas ao mesmo tempo reivindica a necessidade e a superioridade de sua teoria: de um lado, ela resultaria de uma boa arte de interpretação e, de outro, seria afirmável apenas por formas de vida fortes e superiores. A nosso ver, porém, tal posição suscita três possíveis dificuldades, que analisaremos da seguinte maneira: primeiro, investigaremos a possibilidade de uma distinção absoluta entre artes boas e ruins de interpretação; em seguida, buscaremos compreender por que Nietzsche considera necessária a formulação de sua concepção de mundo, derivando-a não só de premissas por ele subscritas, mas também da crença na causalidade, criticada em boa parte de seus textos; por fim, examinaremos uma possível circularidade nos argumentos de que, segundo nos parece, o filósofo se vale para reclamar a superioridade de sua visão de mundo.

Palavras-chave
Mundo; Vontade de potência; Interpretação; Hipótese.

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Publicado

2018-10-04

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Corbanezi, E. (2018). O estatuto da concepção nietzschiana de mundo. Discurso, 48(2), 59-79. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2018.150845