O ser como devir e a vida como desvio: Foucault leitor de Freud e de Bichat

Autores

  • Carolina Noto Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2025.240586

Palavras-chave:

Foucault, singularidade, clínica, vida, morte

Resumo

Retomaremos certas proximidades entre Bichat e Freud indicadas por Foucault em O nascimento da clínica a fim de compreender a noção foucaultiana de clínica como experiência eminentemente moderna de ver e falar sobre a singularidade dos indivíduos. Recorrendo às teses de As palavras e as coisas, procuraremos mostrar que, para Foucault, se Freud e Bichat poderam defender, cada um a sua maneira, que a vida é um modo singular de resistir à morte, é porque, na modernidade: 1) o ser pode ser pensado como devir, isto é, como intrinsicamente histórico e 2) a vida, assim como a doença, podem ser pensadas como essencialmente desviantes.

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Referências

Foucault, M. (1980). O nascimento da clínica. Trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Foucault, M. (2002). As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes.

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Publicado

2025-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Noto, C. (2025). O ser como devir e a vida como desvio: Foucault leitor de Freud e de Bichat . Discurso, 55(1), 186-196. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2025.240586