O gênero epistolar: diálogo per absentiam
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38043Palavras-chave:
epislolografia, preceptivas e gêneros retóricos, séculos XVI c XVII.Resumo
Definida desde Cícero como “diálogo entre ausentes” a epístola tem um lugar destacado entre os gêneros em prosa da Antiguidade, justificado na preceptiva humanista não só quanto ao seu estilo, disposição e tópicas, como principalmente quanto ao modo de imitação. Concebida como “a metade de um diálogo'` (Poliziano, Tasso), a partir de Erasmo e de Vives a epístola é tida como uma produção letrada, pública, apta a ser colecionada em epistolários. É neste sentido que se torna um dos gêneros diferenciadores do Renascimento e reconhecido como aquele que com mais perfeição e viveza imita a conversação entre amigos ausentes (sermu amicorulm absentium). O modo de escritura em primeira pessoa aparece então como partícipe daquele diálogo, da confissão e da lírica, como o mais adequado para a exposição ético-patética de matérias “graves” entre iguais. O estudo, a análise e a interpretação de epístolas e cartas do século XVII, assim, não prescindem das considerações de gênero que a informam e pelas quais se constituem como tal.Downloads
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Publicado
2000-12-09
Edição
Seção
Nao definda
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Como Citar
Muhana, A. F. (2000). O gênero epistolar: diálogo per absentiam. Discurso, 31, 329-346. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38043