“O humano que jamais nos abandona”: A obra epistolar de Goethe
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3396.0013Palavras-chave:
Obra epistolar de Goethe, Cartas de condolências, Elaboração epistolar de experiências, Homens alemães, de W. Benjamin, História do gênero “carta”Resumo
Este ensaio empreende uma incursão pela correspondência de Goethe, estimada em aproximadamente vinte mil cartas escritas (a cerca de 1.700 destinatários) e 25 mil recebidas. Em primeiro plano estão cartas escritas na velhice, sobretudo as de condolências e as que expõem suas concepções estéticas ou detalhes de seu processo criativo. As duas últimas seções do ensaio enfocam a correspondência de Goethe com o “brasileiro” Martius (como o próprio poeta se referia ao botânico que percorreu onze mil quilômetros de território brasileiro) assim como a posição central que a obra epistolar de Goethe ocupa na antologia Deutsche Menschen [Homens alemães], publicada por Walter Benjamin em 1936 com o intuito de adensar a resistência ao fascismo.
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