Uma concepção integrativa de humanidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2023.37107.018

Palavras-chave:

Humanidade, Integração, Sociabilidade, Interdisciplinaridade, Mauss

Resumo

Caracterizando a espécie humana por relações fusionais com o ambiente, o autor aplica - em sentido interdisciplinar - a classificação de níveis de coesão social por Marcel Mauss, para confluir dados arqueológicos e demográficos sobre a integração social, respectivamente, na humanidade primitiva e contemporânea. Desse modo, a Ciência - pela confluência entre disciplinas naturais e humanas - pode contribuir para a consciência coletiva (que se tornou eticamente imperativa pelo incremento atual da diversificação de populações) sobre o constante desafio humano pelo qual integra coisas e seres (humanos ou não), integrando a Natureza em ambos os sentidos possíveis e para um desenvolvimento sustentável das sociedades.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALLAN, A.; ANDRADE, F.; RANGEL JUNIOR, M. J. Origem e dispersão dos humanos modernos. In: NEVES, W. A.; RANGEL JUNIOR, M. J. MURRIETA, R. S. S. Assim caminhou a humanidade. São Paulo: Palas Athena, 2015.

BRUNTLAND, G. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: FGV, 1988.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1991.

CAULFIELD, S. Raça, sexo e casamento: crimes sexuais no Rio de Janeiro, 1918-1940. Afro-Ásia, v.18, p.125-64, 1996.

DARWIN, C. The descent of man and selection in relation to sex. London: John Murray, 1871.

DESTATIS Migration Table. Migration of german citizens between Germany and foreign countries 1991-2017. 2019. Disponível em: <https://www.destatis.de/EN/Themes/Society-Environment/Population/Migration/Tables/migration-german.html>. Acesso em: 16 dez. 2019.

DESTATIS PRESS - Population in 2018, by migrant status. 2018. Disponível em: https://www.destatis.de/EN/Themes/Society-Environment/Population/Migration-Integration/_node.html >. Acesso em: 16 dez. 2019.

DESTATIS Press 2018/09. German is the language largely spoken in most households with a migrant background. 2018/9a. Disponível em: <https://www.destatis.de//EN/Press/2018/09/PE18_329_122.html>. Acesso em: 16 dez. 2019.

DESTATIS Press 2018/09. Roughly one in five people in Germany is 65 years or older. 2018/09b. Disponível em: <https://www.destatis.de/EN/Press/2018/09/PE18_370_12411.html>. Acesso em: 16 dez. 2019.

DESTATIS Press 2019/06. Population in Germany: 83.0 million at the end of 2018. 2019/06. Disponível em: <https://www.destatis.de/EN/Press/2019/06/PE19_244_12411.html>. Acesso em: 16 dez. 2019.

DESTATIS Press. Immigration 2018: Germany grew by 400,000 people. 2019. Disponível em: <https://www.destatis.de/EN/Press/2019/07/PE19_271_12411.html>. Acesso em: 16 dez. 2019.

DESTATIS. Naturalisation statistics. 2019. Disponível em: <https://www.destatis.de/EN/Themes/Society-Environment/Population/Migration-Integration/Tables/naturalisations-former-citizenship.html?view=main[Print]>. Acesso em: 16 dez. 2019.

DURVASULA, A.; SRIRAM SANKARARAMAN, S. Recovering signals of ghost archaic introgression in african populations. Science Advances, v.6, eaax5097, 2020.

GÊNESIS. In: Bíblia sagrada: contendo o antigo e o novo testamento. Trad. João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1966.

GLAZER, N. A Constituição e a diversidade americana. In: KRISTOL, I. et al. (Org.) A ordem constitucional americana. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1988.

GÓIS, P.; MARQUES, J. C. Retrato de um Portugal migrante: a evolução da emigração, da imigração e do seu estudo nos últimos 40 anos. e-cadernos CES, 29/2018. Disponível em: <https://journals.openedition.org/eces/3307>. Acesso em: 30 out. 2019.

HARARI, Y. Homo Deus: uma breve história do amanhã. Trad. Paulo Geiger. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2016.

HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. Trad. Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 2007.

HITLER, A. Mein Kampf. Munich: Franz Eher Nachf, 1933.

HOFFMANN et al. Symbolic use of marine shells and mineral pigments by Iberian Neandertals 115,000 years ago. Science Advances, v.4, n.2, eaar5255.

HOFFMANN et al. U-Th dating of carbonate crusts reveal Neandertal origino of Iberian cave art. Science, v.359, n.6378, p.912-15.

IBGE. Censo demográfico 2010. Nupcialidade, fecundidade e migração: resultados da amostra. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

IBGE. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. Série Estudos e Pesquisas. Informação demográfica e socioeconômica, v.41, 2019.

JULLIEN, F. O diálogo entre as culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

LOPES, J. A. V. Meio ambiente e política: tradição regulatória e aspectos redistributivos emergentes. Rio de Janeiro: Iuperj, 1994. Série Estudos, n.90.

LOPES, J. A. V. Viver em rede: as formas emergentes da dádiva. Rio de Janeiro: 7 Letras/FCRB, 2017.

LOPES, J. A. V. O dom cultural: a cultura no desenvolvimento humano. São Paulo, Chiado, 2019.

LOPES, R. J. Diversidade humana já era enorme desde as origens do Homo Sapiens na África. Folha de S.Paulo, 29 jul. 2018.

MARCIANI, G. O contato entre o homo neandertalensis e o homo sapiens: dados paleoantropológicos, genéticos e arqueológicos. Iniciação Científica, v.11, n.1, 2013.

MAUSS, M. Relações reais e práticas entre a psicologia e a sociologia. In: MAUSS, M. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

MAUSS, M. A coesão social nas sociedades polissegmentares. In: MAUSS, M. Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 2015.

MAUSS, M. A Nação. São Paulo: Três Estrelas, 2017.

McCORMICK, J. A história do movimento ambientalista. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1992.

MEYER, M. et al. A high-coverage genome sequence from na archaic Denisovan individual. Science, v.338, p.222-26, 2012.

MORRIS, A.; TREITLER, V. B. O estado racial da União: compreendendo raça e desigualdade racial nos Estados Unidos da América. Caderno CRH, v.32, n.85, 2019.

NEVES, W. E no princípio era...o macaco! Estudos Avançados, v.20, n.58, p.249-85, 2006.

OEM - Observatório da Emigração. Estimativas e dados globais. Centro de Investigação e Estudos de Sociologia. Lisboa: CIES, 2019. Disponível em: <http://observatorioemigracao.pt/np4/1315/>. Acesso em: 30 out. 2019.

ONU BRASIL. Mais de 160 países adotam Pacto Global para a Migração. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org./mais-de-160-paises-adotam-pacto-global-para-a-migracao/>. Acesso em: 30 out. 2019.

PENA, S. Retrato molecular do Brasil. Conferência no Seminário de Tropicologia da UFPE, mimeo, 2000.

PETRUCCELLI, J. L.; SABOIA, A.L. (Org.) Características étnico-raciais da população: classificações e identidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.

PIRES, R. P. et al. Emigração Portuguesa. Relatório Estatístico. 2019. Lisboa: Observatório da Emigração e Rede Migra, CIES-IUL, ISCTE-IUL.

POLI, M. Repensando as uniões inter-raciais no Brasil. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v.13, n.4, p.1051-57, 2006.

PORDATA. Disponível em: <https://www.pordata.pt/DB/Portugal/Ambiente+de+ Consulta/Tabela>. Acesso em: 16 dez. 2019.

RADFORD, J. Key findings about USA immigrants (Pew Research). Disponível em: <https://www.pewresearch.org/fact-tank/2019/06/17/key-findings-about-u-s-immigrants/> Acesso em: 30 out. 2019.

RENDU et al. Evidence supporting an intentional Neandertal burial at La Chappelle-aux-Saints. PNAS, v.111, p.81-86, 2013.

RIBEIRO, C. A. C.; SILVA, N. V. Cor, educação e casamento: tendências da seletividade marital no Brasil, 1960 a 2000. DADOS - Revista de Ciências Sociais, v.52, p.7-51, 2009.

RÍOS, L. et al. Skeletal anomalies in the neandertal family of El Sidrón (Spain) support a role of inbreeding in neandertal extinction. Scientific Reports, v.9, 1697, 2019.

ROSAS et al. Paleobiology and comparative morphology of a late Neandertal sample from El Sidrón, Asturias, Spain. PNAS, v.103, n.51, p.19266-71, 2006.

SANTOS, F. R. A grande árvore genealógica humana. Revista UFMG, v.21, n.1 e 2, p.88-113, 2014.

SCERRI, E. et al. Did Our Species Evolve in Subdivided Populations across Africa and why does it matters. Trends in Ecology & Evolution, v.33, n.8, p.582-91, 2018.

SCHUCMAN, L. V. Racismo e “branquitude” na sociedade brasileira. Entrevistador: José T. A. Entrevista concedida à Agência Fapesp, 2015.

SOUZA, S. M. Dispersão de Homo Sapiens e povoamento dos continentes. In: FERREIRA, L. F.; REINHARD, K. J.; ARAÚJO, A. (Org.) Fundamentos da Paleoparasitologia. S.l.: s.n., 2011. p.69-92.

TISHKOFF, S. et al. The genetic structure and history of africans and african americans. Science, v.324, n.5930, p.1035-44, 2009.

UN - POPULATION: Demographic Yearbook - New York, 2018 Disponível em: <https://unstats.un.org/unsd/demographic-social/products/dyb/dybsets/2018.pdf> Acesso em: 25 mar. 2020.

UN DESA: Population Facts 2019/4. Disponível em: <https://www.un.org/en/development/desa/population/migration/publications/populationfacts/docs/MigrationStock2019_PopFacts_2019-04.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2020.

UN NEWS! Number of migrants now growing faster than world population, new UN figures show. 2019. Disponível em: <https://news.un.org/en/story/2019/09/1046562>. Acesso em: 20 dez. 2019.

Downloads

Publicado

2023-12-05

Como Citar

Lopes, J. A. V. . (2023). Uma concepção integrativa de humanidade. Estudos Avançados, 37(107), 303-318. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2023.37107.018