The impact of postponing motherhood on women's income in Brazil

Autores

  • Juliana Lopes Andrade Universidade Estadual de Maringá.
  • Marina Silva da Cunha Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Economia.

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea165870

Palavras-chave:

mercado de trabalho, primeiro filho, rendimentos, desigualdade de gênero

Resumo

Este artigo investiga o impacto do adiamento da maternidade nos rendimentos das mulheres e na diferença de rendimento entre homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro, com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Usando a abordagem Heckman (1979), os resultados sugeremque o adiamento da maternidade tem um impacto anual positivo de 1,55% sobre os rendimentos. Ao comparar homens e mulheres, os resultados sugerem que ser mulher gera uma penalidade de cerca de 22% nos rendimentos, mas o adiamento da maternidade pode eliminar essa diferença de gênero, principalmente para as mulheres brancas, amarelas e com ensino superior.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Almeida, G. A. & Fernandes, L. (2015). Brazilian female labor market: racial skin color discrimination and inefficiency. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 19, n. 2, p. 241–259.

Alves, N. C. D. C., Feitosa, K. M. A., Mendes, M. E. S. & Caminha, M. D. F. C. (2017). Complicações na gestação em mulheres com idade maior ou igual a 35 anos. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 38, n. 4.

Amuedo-Dorantes, C. & Kimmel, J. (2003). The motherhood wage gap for women in the United States: the importance of college and fertility delay. Review of Economics of the Household, Amsterdam, v. 3, n. 1, p. 17–48.

Anderson, D., Binder,M. & Krause, K. (2003). The motherhood wage penalty revisited: Experience, heterogeneity, work effort, and work-schedule flexibility. ILR Review, Nova York, v. 56, n. 2, p. 273–294.

Basmann, R. L. (1960). On finite sample distributions of generalized classical linear identifiability test statistics. Journal of the American Statistical Association, Washington, v. 55, p. 650–659.

Becker, G. S. (1981). A treatise on the family. Enlarged edition 1991. Cambridge: Harvard University Press.

Berquó, E. & Cavenaghi, S. (2006). Fecundidade em declínio. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, p. 11–15.

Bertrand, M., Goldin, C. & Katz, L. F. (2010). Dynamics of the gender gap for young professionals in the financial and corporate sectors. American Economic Journal: Applied Economics, Nashville, v. 2, n. 3, p. 228–55.

Blau, F. D. & Kahn, L.M. (2016). The gender wage gap: extent, trends, and explanations. NBER Working Paper No. 21913. Cambridge: National Bureau of Economic Research. Disponível em: https://www.nber.org/papers/w21913.

Borjas, G. (2009). Economia do trabalho. Porto Alegre: AMGH Editora.

Brainerd, E. (2014). Can government policies reverse undesirable declines in fertility? IZA World of Labor, Bonn, n. 23. Disponível em: https://wol.iza.org/articles/can-government-policies-reverse-undesirabledeclines-in-fertility/long.

Bratti, M. (2015). Fertility postponement and labor market outcomes. IZA World of Labor, Bonn, n. 117. Disponível em: https://wol.iza.org/articles/fertility-postponement-and-labor-marketoutcomes/long.

Bratti, M., Meroni, E. C. & Pronzato, C. (2017). Motherhood postponement and wages in Europe. Ifo DICE Report, Munich, v. 15, n. 2, p. 31–37.

Bruschini, C., Ricoldi, A. M. & Mercado, C. M. (2008). Trabalho e gênero no Brasil até 2005: uma comparação regional. In: COSTA, A. O.; SORJ, B.; BRUSCHINI, C.; HIRATA, H. (orgs.) Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais. Rio de Janeiro: Editora FGV. p. 15–33.

Buchmann, C. & McDaniel, A. (2016). Motherhood and the wages of women in professional occupations. RSF: The Russell Sage Foundation Journal of the Social Sciences, New York, v. 2, n. 4, p. 128–150.

Budig, M. J. & J, H. M. (2010). Differences in disadvantage: Variation in the motherhood penalty across white women’s earnings distribution. American Sociological Review, [S.l.], v. 75, n. 5, p. 705–728.

Casey, B. M., McIntire, D. D. & Leveno, K. J. (2001). The continuing value of the Apgar score for the assessment of newborn infants. The New England Journal of Medicine, Massachusetts, v. 344, n. 7, p. 467–471.

Cunha, M. S. & Vasconcelos, M. R. (2016). Fecundidade e participação no mercado de trabalho brasileiro. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 26, n. 1, p. 179–206.

Dedecca, C. S. (2008). Regimes de trabalho, uso do tempo e desigualdade entre homens e mulheres. In: COSTA, A. O.; SORJ, B.; BRUSCHINI, C.; HIRATA, H. (orgs.) Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais. Rio de Janeiro: Editora FGV. p. 279–297.

Goldin, C. & Mitchell, J. (2016). The New Life Cycle of Women’s Employment: Disappearing Humps, Sagging Middles, Expanding Tops. NBER Working Paper No. 22913. Cambridge: National Bureau of Economic Research. Disponível em: https://www.nber.org/papers/w22913.pdf.

Gomes, A., Donelli, T. M. S., Piccinini, C. A. & Lopes, R. D. C. S. (2008). Maternidade em idade avançada: aspectos teóricos e empíricos. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 12, n. 1.

Gustafsson, S. (2001). Optimal age at motherhood. Theoretical and empirical considerations on postponement of maternity in Europe. Journal of Population Economics, Berlin, v. 14, n. 2, p. 225–247.

Hausman, J. A. (1978). Specification tests in econometrics. Econometrica, New Haven, v. 46, p. 1251–1271.

Heckman, J. J. (1979). Sample selection bias as a specification error. Econometrica, New Haven, v. 47, p. 153–162.

Henau, J. & Puech, I. (2008). O tempo de trabalho de homens e de mulheres na Europa. In: COSTA, A. O.; SORJ, B.; BRUSCHINI, C.; HIRATA, H. (orgs.) Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais. Rio de Janeiro: Editora FGV. p. 207–226.

Kim, J. (2016). Female education and its impact on fertility. IZA World of Labor, Bonn, n. 228. Disponível em: https://wol.iza.org/articles/femaleeducation-and-its-impact-on-fertility/long.

Madalozzo, R. (2010). Occupational segregation and the gender wage gap in Brazil: an empirical analysis. Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 14, n. 2, p. 147–168.

Meulders, D., Plasman, R., Henau, J., Maron, L. & Dorchay, S. (2008). Trabalho e Maternidade na Europa. Condições de trabalho e políticas públicas. In: COSTA, A. O.; SORJ, B.; BRUSCHINI, C.; HIRATA, H. (orgs.) Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais. Rio de Janeiro: Editora FGV. p. 161–186.

Miller, A. R. (2011). The effects of motherhood timing on career path. Journal of Population Economics, Berlin, v. 24, n. 3, p. 1071–1100.

OECD (2015). Education at a Glance 2015: OECD Indicators. Paris: OECD Publishing. Disponível em: https://www.oecdilibrary.org/education/education-at-a-glance-2015_eag-2015-en.

Pazello, E. T. (2006). A maternidade afeta o engajamento da mulher no mercado de trabalho?: um estudo utilizando o nascimento de gêmeos como um experimento natural. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 507–538.

Pazello, E. T. & Fernandes, R. (2004). A maternidade e a mulher no mercado de trabalho: diferença de comportamento entre mulheres que têm e mulheres que não têm filhos. Anais [...]. Anais do XXXI Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação em Economia, Niterói.

Pignatti, N. (2016). Encouraging women’s labor force participation in transition countries. IZA World of Labor, Bonn, n. 264.

Rizavi, S. S. & Sofer, C. (2008). Trabalho doméstico e organização do tempo dos casais: uma comparação internacional. In: COSTA, A. O.; SORJ, B.; BRUSCHINI, C.; HIRATA, H. (orgs.) Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais. Rio de Janeiro: Editora FGV. p. 107–124.

Santos, G. H. N. D., Martins, M. D. G., Sousa, M. D. S. & Batalha, S. D. J. C. (2009). Impacto da idade materna sobre os resultados perinatais e via de parto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, São Paulo, v. 31, n. 7, p. 326–334.

Sargan, J. D. (1958). The estimation of economic relationships using instrumental variables. Econometrica, New Haven, v. 26, p. 393–415.

Souza-Júnior, P. R. B. D., Freitas, M. P. S. D., Antonaci, G. D. A. & Szwarcwald, C. L. (2015). Desenho da amostra da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 24, p. 207–216.

Stock, J. H., Wright, J. H. & Yogo, M. (2002). A survey of weak instruments and weak identification in generalized method of moments. Journal of Business and Economic Statistics, Washington, v. 20, p. 518–529.

Van Bavel, J. (2010). Choice of study discipline and the postponement of motherhood in Europe: the impact of expected earnings, gender composition, and family attitudes. Demography, Durham, v. 47, n. 2, p. 439–458.

Varian, H. R. (1992). Microeconomic analysis. New York: Norton.

Vasconcelos, A. M. N. & Gomes, M. M. F. (2012). Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 21, n. 4, p. 539–548.

Verick, S. (2014). Female labor force participation in developing countries. IZA World of Labor, Bonn, n. 87.

Vuri, D. (2016). Do childcare policies increase maternal employment?. IZA World of Labor, Bonn, n. 241. Disponível em: https://wol.iza.org/articles/dochildcare-policies-increase-maternal-employment/long.

World Bank (2019). Fertility rate, total (births per woman). Disponível em: https://https://data.worldbank.org/indicator/SP.DYN.TFRT.IN.

Wu, D. M. (1974). Alternative tests of independence between stochastic regressors and disturbances: finite sample results. Econometrica, New Haven, v. 42, p. 529–546.

Downloads

Publicado

2021-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

The impact of postponing motherhood on women’s income in Brazil. (2021). Economia Aplicada, 25(1), 65-92. https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea165870