Abertura comercial e não linearidades na política monetária do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea188704Palavras-chave:
política monetária, taxa de juros, regra de Taylor, abertura comercialResumo
O presente trabalho investiga a existência de assimetrias na política monetária do Brasil considerando níveis distintos de abertura comercial. Para tanto, utilizaram-se informações mensais entre 2003 e 2020 e uma regra de Taylor não linear com efeito limiar (threshold) com regressores endógenos. Os resultados mostram que no regime de maior abertura comercial, o efeito do desvio das expectativas de inflação em relação à sua meta é estatisticamente nulo. Além disso, há um processo de suavização na condução da política monetária brasileira e uma resposta ao hiato do produto em ambos os regimes, com maior resposta no regime de baixa abertura.
Downloads
Referências
ARRUDA, E. F.; MARTINS, G. Taxa de câmbio e exportações líquidas: uma análise para os estados brasileiros. Nova Economia, v. 30, n. 1, p. 111–142, 2020.
BARBOSA, F. D.; CAMÊLO, F. D.; JOÃO, I. C. A Taxa de Juros Natural e a Regra de Taylor no Brasil: 2003–2015. Revista Brasileira de Economia, v. 70, n. 4, p. 399–417, 2016.
BASILIO, J. R. Empirics of Monetary Policy Rules: The Taylor Rule in Diferent Countries. Tese (Doutorado) – Universidade de Illinois, Chicago, 2013.
BELAISCH, A. Exchange rate pass-through in Brazil. Washington, DC: International Monetary Fund, 2003. (IMF Working Paper WP/03/141).
BERNANKE, B. S.; MISHKIN, F. S. Inflation Targeting: A New Framework for Monetary Policy? Journal of Economic Perspectives, v. 11, n. 2, p. 97–116, 1997.
BONOMO, M. A.; BRITO, R. D. Regras Monetárias e Dinâmica Macroeconômica no Brasil: uma Abordagem de Expectativas Racionais. Brasília: Banco Central do Brasil, 2001. (Trabalhos para Discussão 28).
CANER, M.; HANSEN, B. E. Instrumental Variable Estimation of a Threshold Model. Econometric Theory, v. 20, p. 813–843, 2004.
CAPORALE, G. M. et al. Monetary Policy Rules in Emerging Countries: Is there an Augmented NonlinearTaylor Rule? Economic Modelling, v. 72, p. 306–319, 2018.
CHRISTIANO, L.; EICHENBAUM, M.; EVANS, C. L. The Effects of monetary policy shocks: evidence from the flow of funds. Review of Economics and Statistics, v. 78, n. 1, p. 16–34, 1996.
CLARIDA, R.; GALÍ, J.; GERTLER, M. A Simple Framework for International Monetary Policy Analysis. Journal of Monetary Economics, v. 49, n. 6, p. 879–904, 2002.
CLARIDA, R.; GALÍ, J.; GERTLER, M. Monetary Policy Rules and Macroeconomic Stability: Evidence and Some Theory. The Quarterly Journal of Economics, v. 115, n. 1, p. 147–180, 2000.
CLARIDA, R.; GALÍ, J.; GERTLER, M. Monetary Policy Rules in Practice: Some International Evidence. European Economic Review, v. 42, p. 1033–1067, 1998.
DORNBUSCH, R. Debt and monetary policy: The policy issues. In: calvo, g.; king, m. The debt Burden and its Consequences for Monetary Policy. London: Macmillan / International Economic Association, 1998. p. 3–22.
DORNBUSCH, R.; FISCHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomics. 11. ed. New York: McGraw-Hill, 2011.
FONSECA, M. R. R.; OREIRO, J. J. C.; ARAÚJO, E. C. Não Linearidade da Política Monetária Brasileira no Período de Metas de Inflação: uma Análise com Base em um Modelo MS-VAR. Análise Econômica, v. 36, n. 70, p. 63–81, 2018.
HANSEN, B. Inference When a Nuisance Parameter Is Not Identified under the Null Hypothesis. Econometrica, v. 64, n. 2, p. 413–430, 1996.
HANSEN, B. Sample Splitting and Threshold Estimation. Econometrica, v. 68, n. 3, p. 575–603, 2000.
JUDD, J. P.; RUDEBUSCH, G. D. Taylor’s Rule and the Fed: 1970–1997. FRBSF Economic Review, n. 3, p. 3–16, 1998.
KYDLAND, P.; PRESCOTT, E. Rules Rather Than Discretion: The Inconsistency of Optimal Plans. Journal of Political Economy, v. 85, n. 3, p. 473–491, 1977.
LEIBOVICI, F. International Trade Openness and Monetary Policy: Evidence from Cross-Country Data. Federal Reserve Bank of St, Louis Review, v. 101, n. 2, p. 93–113, 2019.
LOMBARDO, G.; RAVENNA, F. Openness and Optimal Monetary Policy. Journal of International Economics, v. 93, n. 1, p. 153–172, 2014.
MANSILLA, F. M.; ARRUDA, E. F.; FERREIRA, R. T. Trade Openness and Inflation Dynamics in Brazil. Economics Bulletin, v. 40, n. 3, p. 1948–1957, 2020.
MEDEIROS, G. B. Ensaios Sobre Política Monetária e Curva de Phillips no Brasil. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
MOHANTY, M. S.; KLAU, M. Monetary Policy Rules in Emerging Market Economies: Issues and Evidence. BIS Working Papers, n. 149, 2005.
MOURA, M.; CARVALHO, A. D. What Can Taylor Rules Say about Monetary Policy in Latin America? Journal of Macroeconomics, v. 32, n. 1, p. 392–404, 2010.
OLIVINDO, M. T. Ensaios Sobre Taxa De Juros, Inflação e Produção. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.
PIRES, M. C. Interação entre política monetária e fiscal no Brasil em modelos robustos a pequenas amostras. Tese (Doutorado em Economia) – Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
ROMER, D. Openness And Inflation: Theory And Evidence. Quartely Journal of Economics, v. 108, n. 4, p. 869–903, 1993.
SCHMIDT-HEBBEL, K.; MUÑOZ, F. Monetary Policy Decisions by The World’s Central Banks Using Real-Time Data. Santiago: Pontificia Universidad Católica de Chile, 2012. (Documento de Trabajo n. 426).
SOARES, J. J.; BARBOSA, F. D. Regra de Taylor no Brasil: 1999 – 2005. Revista Brasileira de Economia, v. 70, n. 4, p. 399–417, 2006.
SOUZA JÚNIOR, J. R.; CAETANO, S. M. Regra de Taylor, Inércia na Política Monetária Influência do Hiato do Produto. Carta Conjuntura IPEA, 2014.
TAYLOR, J. Discretion Versus Policy Rules In Practice. Carnegie-Rochester Conference Series on Public Policy, v. 39, p. 195–214, 1993.
TAYLOR, J. Using Monetary Policy Rules in Emerging Market Economies. Stanford, CA: Stanford University, 2000.
WATSON, A. Trade openness and inflation: The role of real and nominal price rigidities. Journal of International Money and Finance, v. 64, p. 137–169, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Economia Aplicada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.