Concentração regional e dispersão das rendas per capita estaduais: um comentário

Resumo

Esta nota objetiva mostrar que uma relação inversa estatisticamente significativa entre as taxas de crescimento e os níveis iniciais de renda per capita dos estados também é observada, no caso brasileiro, quando dados para o período 1939-1995 são utilizados nos testes convencionais da hipótese de convergência. Argumenta-se que este resultado, entretanto, não implica que um processo de convergência absoluta esteja em curso. Diferentes estimativas da distribuição de longo prazo, implícita nas tendências de crescimento recentes, apontam para a possibilidade de reduções adicionais na desigualdade de renda entre os estados, mas também sugerem que as rendas per capita relativas de um significativo número de estados e o número de estados “muito pobres” e “pobres” encontravam-se, em 1995, bastante próximas dos seus respectivos valores de “steady state”.