Ajuste patrimonial e padrão de rentabilidade dos bancos privados no Brasil durante o Plano Real (1994/98)

Autores

  • Luiz Fernando Rodrigues de Paula Universidade Estadual do Rio de Janeiro
  • Antonio José Alves Júnior Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Maria Beatriz Leme Marques Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-53573123lam

Palavras-chave:

setor bancário brasileiro, sistema financeiro, crédito, teoria pós-keynesiana

Resumo

Este artigo analisa as principais mudanças ocorridas na estrutura patrimonial do setor bancário privado brasileiro no período 1994/98, à luz do referencial teórico pós-keynesiano. Este referencial enfatiza que os bancos apresentam preferência pela liquidez determinada por suas expectativas formadas sob condições de incerteza, conformando seu portfólio de acordo com o trade-off liquidez e rentabilidade. O artigo apresenta evidências de que o comportamento dos bancos durante o Plano Real seguiu um ciclo explicável a partir deste marco téorico: no primeiro momento do Real os bancos compensaram as perdas das receitas  inflacionárias expandindo crédito e adotando uma postura financeira mais ousada; no segundo momento, a partir da crise bancária de 1995, passaram a adotar uma postura mais defensiva, expressão de sua maior preferência pela liquidez e aversão ao risco. Conclui-se que o setor bancário revelou grande capacidade de adaptação às mudanças no contexto macroeconômico do País, o que só foi possível devido às necessidades e condições de financiamento da dívida pública.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

01-06-2001

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Paula, L. F. R. de, Alves Júnior, A. J., & Marques, M. B. L. (2001). Ajuste patrimonial e padrão de rentabilidade dos bancos privados no Brasil durante o Plano Real (1994/98). Estudos Econômicos (São Paulo), 31(2), 285-319. https://doi.org/10.11606/1980-53573123lam