A agroindústria citrícola no estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/1980-53571924omjPalavras-chave:
Agroindústria citrícola, Complexo agroindustrial, Oligopólio, Suco de laranjaResumo
O objetivo deste artigo é analisar alguns condicionantes que permitiram o desenvolvimento da agroindústria citrícola no Estado de São Paulo, além de caracterizar a estrutura produtiva e a dinâmica de seus setores. A análise tem como referencial a implantação do complexo agroindustrial na economia brasileira. As favoráveis condições climáticas e edafo-climáticas fizeram com que a citricultura se desenvolvesse no estado de São Paulo como uma atividade tecnificada
e com grande força econômica. Estas razôes, juntamente com o fato de ser comandada por empresários e assentada em estabelecimentos médios, deram reais atrativos para a implantação da indústria processadora de sucos no final da
década de 60 e, assim, da agroindustria citrícola. Os bons resultados econômicos obtidos pela agroindustria permitiram a rápida ampliação de seus setores. Frente a urn auspicioso crescimento do mercado internacional de sucos e em face, também, de uma crise conjuntural - em meados dos anos setenta - a indústria apresentou uma grande centralização oligopolica. Neste processo, os quatro maiores grupos passaram a controlar mais de 80% da capacidade de esmagamento e demanda de laranja. Isto trouxe sérios reflexos na comercialização das safras, onde o preço é de fundamental importância para a performance dos setores. Estes fatos deram à indústria processadora a condição de "pólo dinâmico" da agroindustria citrícola.
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