A armadilha da sobreeducação no primeiro emprego: evidências para o Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-41615131mfrcPalavras-chave:
Sobreeducação, Trabalhadores brasileiros, Primeiro empregoResumo
Este estudo centra-se na análise das condições sobre as quais trabalhadores brasileiros têm sido identificados como sobreeducados em seus primeiros empregos, bem como na probabilidade de permanecerem com esse status nos anos de 2006 e 2015. Busca-se também investigar os diferenciais de efeitos entre trabalhadores inicialmente sobreeducados, mas que foram primeiramente engajados em empresas com capacidade produtivas diferenciadas. São considerados sobreeducados os trabalhadores que desempenham funções que exigem abaixo de seu nível de escolaridade. Informações proveneientes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e da Classificação Brasileira das Ocupações (CBO) de 2002 alimentaram um modelo probit bivariado recursivo que permitiu a realização empírica do estudo. Os resultados mostram que o status de sobreeducação no primeiro emprego em 2006 aumenta em 43,6% a probabilidade de o trabalhador repetir a mesma incompatibilidade no emprego em 2015. Além disso, trabalhadores sobreeducados aceleram suas transições para empregos condizentes ao engajarem o primeiro emprego em empresas de grande porte.
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