O papel da força viva de trabalho no processo capitalista de produção - uma análise dos dilemas contemporâneos

Autores

  • Leda Maria Paulani Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e atuária.Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-53573144lmp

Palavras-chave:

Taylorismo, Fordismo, Toyotismo, Lógica do capital, Análise dialética

Resumo

Marx explicou, nos capítulos 11-13 do primeiro volume de O Capital, a natureza das mudanças que o progresso da divisão do trabalho impôs ao papel da força de trabalho. Ele concluiu que. com a maquinaria, o trabalho estava finalmente submetido ao capital. Mas muitas coisas mudaram desde então. Os trabalhadores tiveram de se adaptar ao Taylorismo e ao Fordismo, introduzidos no início do século XX. Mais recentemente, os trabalhadores tiveram de se adaptar ao Toyotismo e suas drásticas demandas. Qual é o significado dessas novas transformações? O artigo procura discutir essas questões. A principal idéia é que, com as mudanças mais recentes, particularmente com o Toyotismo, a força viva de trabalho foi colocada em sua adequada posição, como sujeito negado. Portanto, podemos olhar para a história dessas transformações como um processo do tipo "learning by doing", por meio do qual a lógica do capital pôde obter este resultado funcional.

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Biografia do Autor

  • Leda Maria Paulani, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e atuária.Universidade de São Paulo

    Professora

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Publicado

01-12-2001

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Paulani, L. M. . (2001). O papel da força viva de trabalho no processo capitalista de produção - uma análise dos dilemas contemporâneos. Estudos Econômicos (São Paulo), 31(4), 695-721. https://doi.org/10.11606/1980-53573144lmp