Clássicos versus Keynes: a abordagem formal de David Champernowne
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612012000100007Palavras-chave:
modelos agregativos, causalidade, sistemas recursivos, Champernowne, KeynesResumo
Este texto tem por objetivo ressaltar um aspecto que não tem sido tratado com a devida profundidade na literatura que estuda a formalização da Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda de John Maynard Keynes (1936). Mais precisamente, o texto destaca a estratégia de formalização adotada por David G. Champernowne em seu artigo intitulado "Unemployment, Basic and Monetary: the classical analysis and the keynesian", publicado em 1935-36 na Review of Economic Studies. Chamamos a atenção para o fato dele distinguir a teoria clássica da teoria de Keynes não apenas pelos pressupostos adotados por cada teoria, mas principalmente pela construção de subsistemas a partir de um sistema geral, com características recursivas (relações de causalidade) distintas. As explicações "em prosa", a descrição algébrica das funções comportamentais e condições de equilíbrio e a ilustração por meio de diagramas, além da escolha de conjuntos específicos de variáveis para representar cada uma das teorias e suas diferentes versões são aspectos deste artigo de Champernowne que merecem uma análise mais minuciosa.
Downloads
Referências
Boianovsky, M. (2005) Some Cambridge reactions to ‘The General Theory’: David Champernowne and Joan Robinson on full employment. Cambridge Journal of Economics, vol. 29, n. 1, pp. 73-98.
Champernowne, D. G. (1935-36) Unemployment, Basic and Monetary: the classical analysis and the keynesian. Review of Economic Studies, vol. 3, pp. 201-216.
Cowell, F.A. (1987) Champernowne, David Gawen (born 1912). Eatwell, John et al. (eds)(1987): The New Palgrave: A Dictionary of Economics. vol. I, pp. 401. London: Macmillan.
DarityJr., W. A. e Young, W. (1995) IS-LM: An Inquest. History of Political Economy vol. 27, no. 1, pp. 1-41.
Dimand, R. (2000) Macroeconomics without IS-LM: a Counterfactual. In.: Young, W. & Zilberfarb, B. Z. IS-LM and Modern Macroeconomics. Boston: Kluwer Academic Publishers, pp. 121-131.
Harcourt, G.C. (2001) David Gawen Champernowne, 1912-2000: in appreciation. Cambridge Journal of Economics, vol.25, pp.439-442.
Harris, S. E. (ed) (1947) The New Economics: Keynes’s influence on theory and public policy. London: Dennis Dobson., New York: Knopf, 1965 edition.
Harrod, R. F. (1937) Mr. Keynes and traditional theory. Econometrica, vol. 5, pp. 74–86.
Heller, C. (2007) Hicks, A Teoria Geral e a Teoria Geral Generalizada. Revista EconomiA, vol. 8, no. 3, pp. 401-436.
Hicks, J. R. (1937) Mr. Keynes and the ‘classics’: A suggested interpretation. Econometrica, vol. 5, pp. 147-159.
Meade, J. E. (1937) A simplified model of Mr. Keynes’ system. Review of Economic Studies, vol. 4, pp. 98-107
Moggridge, D. E. (1992) Maynard Keynes: An Economist´s Biography. London: Routledge.
Pesaran, M. H. (2001) Address given by M. Hashem Pesaran at the Memorial Service for Professor David Gawen Champernowne, 1912-2000, held at Trinity College on 17 February 2001. (the full text of the address has been published in “Trinity College Annual Record”, Cambridge University Press, 2001).
Reddaway, W. B. (1936) The General Theory of Employment, Interest and Money. Economic Record, vol. 12, pp. 28–36.
Rymes, T. K. (1989) Keynes’ Lectures, 1932-35: Notes of a Representative Student: A Synthesis of Lecture Notes Taken by Students at Keynes’ Lectures in the 1930s Leading Up to the Publication of The General Theory. The University of MichiganPress, Ann Arbor.
Skidelsky, R. (1992) John Maynard Keynes - the economist as a saviour - 1920-1937, London, Macmillan
Skidelsky, R. (1997) Keynes. In: Raphael, D. D.; Winch, Donald & Skidelsky, Robert (1997) Three Great Economists. Oxford University Press, pp. 219-372.
Young, Warren (1987) Interpreting Keynes: The IS/LM Enigma, Boulder, Colorado: Westview Press; Oxford: Basil Blackwell.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Cláudia Heller, Jaylson Jair da Silveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.